sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Sou eu... Era eu...


Esta sou eu há 20 anos atrás. Tinha 24 anos.

Esta foto está colada no espelho do meu quarto há já alguns anos. Inicialmente coloquei-a lá para me lembrar de nunca mais voltar àquele peso. Olhava para a foto e só conseguia ver o duplo queixo, os braços rechonchudos e o olhar triste. E não queria ser mais assim, que horror!!

Hoje, com 44 anos, eu olho para ela, olho para mim e vejo que os braços voltaram a ser rechonchudos, a cara voltou a ser mais cheiinha, mas a expressão é totalmente diferente.

A Sweet dos vintes queria ao máximo passar despercebida, era extremamente insegura e só queria era ser feliz (e era, apesar da expressão).

A Sweet dos quarentas não se importa de se destacar, já não quer ser apenas um tom de cinza, tem todas as cores dentro dela, quer fazer-se ouvir, quer estar de bem com a vida e só continua a querer ser feliz.

A vida deu umas boas voltas nestas duas décadas, mas a maior de todas foi sem dúvida na minha maneira de pensar.

Fisicamente foi um circulo completo, todo o peso que perdi à custa de tanto sacrifício físico, mas essencialmente mental, voltou todinho para mim.

A foto continua lá, no espelho, mas para me lembrar que não me quero mais esconder, nem tentar encolher-me ao aceitável pela sociedade.

Para o novo ano desta vez não tenho pretensões de perder x quilos em x tempo, nem de me obrigar a fazer exercício x vezes por semana para me catalogar de "bem comportada".

Nada disso! Para o novo ano quero continuar a olhar-me no espelho, dizer "obrigada corpo" e tratar todas as regueifinhas com gentileza. Hidratá-lo porque ele precisa, massajá-lo com cremes porque a pele agradece e fazê-lo mexer porque ele não quer ficar enferrujado.

E esta é a grande mudança de mentalidade: tratá-lo com amor como o meu melhor amigo e não castigá-lo com ódio como se fosse um demónio.

E nunca, mas nunca mais, descurar a saúde mental

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Por aqui...


* Já estou a trabalhar há cerca de duas semanas e apesar de ainda não ter tudo plenamente controlado, decididamente não me tenho deixado levar pelo stress e ainda continuo em estado zen-deixa andar-tem tempo...

* Ontem fui à última consulta de ortopedia e estou oficialmente curada. Diz que devo perder algum peso para evitar este tipo de problemas... Fazer caminhadas à farta e exercício à vontade, sem medos. Sim, preciso de recomeçar o exercício, sei disso. Estou super-enferrujada e sinto falta de me mexer. Quero fazer exercício pelo meu bem-estar. Emagrecer (caso aconteça) será só um bónus.

* No conceito do self-care, fui à ginecologista, fiz tudo incluindo mamografia e ecografia. Na mamografia foi detetada uma massa e foi pedida uma ressonância magnética para despistar algo mais grave. Felizmente o resultado foi benigno... Ufff...

* E hoje foi dia de comprar bilhetes para o espetáculo do ano. Depois de umas horas sofridas e desperdiçadas na ticketline, meti-me no carro e fui à Worten comprar os bilhetes para ver o Harry Styles em maio. Adoro as músicas do menino e admiro imenso a maneira dele estar na vida. Apesar de estar quase esgotado quando consegui finalmente ter acesso a bilhetes, acabei por conseguir ótimos lugares e andei nas nuvens o dia inteiro.

* A casa já está pronta para o Natal e não me arrependo nem um bocadinho por ser assim tão adiantada. As luzes da árvore a tremelicar, os bonequinhos do presépio, toda a atmosfera é tão aconchegante... Adoro!

E é isto...

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Do self-care


Ir ao cabeleireiro nunca foi para mim sinal de prazer, muito pelo contrário, é um verdadeiro sacrifício e vou lá sempre nas últimas. Já há algum tempo que ando insatisfeita com a minha que é a mesma há uma dúzia de anos. Ou não me faz as madeixas como peço, ou não faz o corte de cabelo que sabe que eu gosto para ver se lá vou mais vezes... Enfim...

Na semana passada, cheia de ver um corte que não gostava, passei-me da cabeça e cortei uns deditos a mim mesma... Escusado será dizer que ficou uma m&rda...

Ganhei coragem, e sem pensar muito entrei noutro salão aqui à beira de casa, contei as minhas peripécias (dignas de uma miúda de 5 anos, diga-se de passagem), mostrei uma foto do que gostava e entreguei-me nas mãos de uma perfeita desconhecida que cortou, cortou e tornou a cortar para acertar a cagadinha que eu fiz...

E valeu a pena a aposta em sangue novo. Cortou como eu queria e ainda fez bem mais barato do que a outra. Pela primeira vez em muitos anos, senti-me bem no salão, senti que estava a cuidar verdadeiramente de mim.

Aproveitando a onda do self-care, aventurei-me pela primeira vez na vida em manicure. As minhas unhas são extremamente pequenas e frágeis e eu achava que unhas arranjadas não era para mim. A conselho da manicure, lá fiz unhas de imersão em pó num rosa claro para me ir habituando. Ela diz que com o passar do tempo e com a manicure que ela vai fazer, eu vou vendo a base da unha a ficar maior.


Eu que em 43 anos fiz uma única manicure na vida... Porque achava que me ia ficar mal... Porque achava que não podia dedicar uma hora por mês a estas coisas... Porque achhava que não merecia...

Estou orgulhosa de mim e sinto uma leveza incrível!


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

The fuck it diet


É um verdadeiro abre-olhos!

É a ajuda necessária para fazermos o verdadeiro reset à nossa mente, de a limparmos, de voltar àquela altura da nossa vida em que comer era descomplicado, em que não estava poluída com centenas de regras ditadas por dezenas de dietas todas diferentes, mas com a restrição como base comum.


É o desmantelar de todas as centenas de regras com que somos constantemente bombardeados pela indústria da dieta.

É o desmistificar de mitos absurdos e substituí-los pela leveza da confiança no instinto primitivo do nosso corpo.

A liberdade da mente é indescritível e saber que nada é proibido é libertador.





sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Acabou-se!!...

Já há uns dias que me andas a enervar... Sim, tu. Tu que estás guardada na gaveta por baixo dos lençóis polares da menina. Já não te ligo... Já não mandas em mim.. Já não me gritas FALHADAAA!! quando me ponho em cima de ti.

Silenciei-te. Adormeci-te. Mas não te matei. Controlo-te ao me controlar para não ceder ao teu chamamento. Há algum tempo que não dou protagonismo. Mas continuas ali a dois passos de me fazeres sofrer se eu deixar.

Ou continuavas. Já lá não estás mais!

Peguei nos sacos do lixo e peguei em ti também para te guardar na garagem, mais longe de mim. Longe fisicamente, mas sabia que a corrente afetiva só esticava, não quebrava.

Chovia... O elevador parou no rés do chão... Fui levar os sacos ao contentor e tu foste comigo. Voltei para dentro para te esconder numa qualquer gaveta funda da garagem... A chuva continuou mais forte e eu quase que a ouvia a dizer DEITA-A FORA!!

Em vez da meia volta para a garagem, dei a meia volta para o contentor e atirei-te lá para dentro com a alma lavada. Subi as escadas a pé como há muito não o fazia com uma leveza no corpo e uma ainda maior na alma.

Fui tua prisioneira anos a fio! Deixava nas tuas mãos as minhas vitórias e os meus fracassos. Deixava que me dominasses o humor consoante o número que me mostravas todas as manhãs, despida de tudo e o mais vulnerável que me podia sentir.

Não o fazes mais. Não me interessa o que tu dizes. Nunca mais quero ser associada a um número.

Quero o meu bem estar. Quero o meu amor por mim em alta. Quero tratar-me com o amor que eu mereço. Quero os meus banhos quentinhos. Quero os meus cremes cheirosos. Quero a minha pele macia. Quero as minhas caminhadas com a minha música como companhia. Quero os meus bolinhos. Quero os abracinhos dos meus amores. O que eu não quero nunca mais é ser julgada, mais por mim própria do que por qualquer outro ser, pelo número que gritas!

Nunca. Mais.

Adeus balança

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Cá estamos...


Continuo de baixa. Sinceramente já podia estar a trabalhar, mas caramba penei tanto com dores antes da operação que agora vou aproveitar até à ultima gota!

Já não ando de muletas, já não ando a mancar, coloco o pé no chão completamente, mas se andar um pouco mais, sinto o pé maçado. O fisioterapeuta diz que é normal e que o regresso tem de ser feito progressivamente.

Hoje fui finalmente a uma consulta de ginecologia. Eu faço os exames regularmente no centro de saúde, mas já há uns 10 anos que não ia a um ginecologista e achava que quando lá fosse além de raspanete viria com más notícias. Mas nunca é tarde, não é verdade? E depois de um exame completo em que estava tudo direitinho, saí de lá com um peso saído das costas e com a sensação de estar a fazer algo para o bem estar do meu corpo. Isto é amor por mim.

De resto, tem me sabido pela vidinha estas tardes chuvosas em casa debaixo da mantinha e com as velinhas acessas, a papar episódios de "Era uma vez". Como é que eu uma aficionada por tudo o que diga respeito a Disney e contos de fadas esperei tanto para ver esta série com histórias tão emaranhadas umas nas outras de uma forma tão brilhante? Obrigada Netflix, do fundo do coração...

Ainda não me enchi de estar em casa. Gosto do slow living, gosto de ir buscar a minha filha à escola, de lhe preparar o almoço e o lanche, de a ajudar nos trabalhos de casa e nos resumos de história. Gosto deste silêncio, de sair só para ir buscar o pão ou ir ver o mar a meio da tarde na companhia dela.

Entre férias e baixa vão ser 3 meses afastada da loucura que é o meu local de trabalho e não podia estar a saber-me melhor. Este slow living chegou exatamente na altura certa para eu me encontrar.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Da slow living


Estou de baixa há quase um mês depois de três semaninhas de férias em família.

No início da baixa ainda tive a companhia da filhota que foi uma grandessíssima ajuda nos primeiros dias de recuperação. Depois ela voltou para a escola e fiquei com as manhãs todinhas para mim.

A minha vida tem-se dividido entre séries - estou completamente viciada na Era Uma Vez - fazer um almoço rápido para as duas e pastelar com ela no sofá durante a tarde, dar um jeito à casa e fazer um belo jamtar.

Esta semana larguei uma das muletas e já tenho permissão de conduzir. Aliás tenho permissão para fazer a vida totalmente normal, mas ando um bocadinho mais à vontade e fico com dores debaixo do pé. Tenho feito tudo direitinho e não é agora que vou abandalhar e forçar-me mais.

Na próxima semana vou a junta médica e espero que não impliquem comigo. Ainda não me sinto fisicamente bem o suficiente para fazer a vida toda normal fora de casa. Estou mortinha por voltar a ter a capacidade completa de fazer caminhadas, andar de bicicleta e passear à vontade, mas ainda não consigo e não o quero forçar.

Nesta slow living tenho seguido o intuitive eating a 100% e noto que como muito menos quantidade. Como o que me apetece e quando me apetece. Isto tanto pode significar uma peça de fruta como um bolo, é o que me apetece sem culpas. O que noto mesmo é que faço muito menos refeições e menos quantidade. Se me apetece só uma sopa ao almoço é isso que como e o chocolatinho que era quase item obrigatório deixou naturalmente de o ser.

Cortar amarras com as regras do mundo das dietas é libertador. E para isso estou convencida que o fator stress-free contribuiu em muito. Estou muito relaxada e nem me lembro de comer. Antes era capaz de estar constantemente a pensar em comida, no que podia, no que não devia, no que fazer para o almoço, para o lanche, para o jantar... Isso acabou e é mesmo libertador.

Espero conseguir manter este ritmo quando voltar ao trabalho. Agora vejo o buraco onde o stress me enfiou e estou a adorar sair a pouco e pouco dele.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Hoje jantei pizza


Porque nos estava a apetecer. Mas almocei brócolos e douradinhos no forno e deliciei-me com uma laranja para a sobremesa. Nunca pensei que uma peça de fruta me fosse saber assim tão bem!...

Se antes eu morria por uma sobremesa - era literalmente a única razão por que eu gostava de comer fora - agora não há um único doce que eu diga: Aaahhh, apetece-me meeesmo isto... Não há! Tudo me parece normal porque agora nada é proibido. Agora que eu me dou permissão para comer, não me apetece!

Até o chocolatinho obrigatório de final de refeição estou a passar. Em mim, isto é completamente inédito!!

Sinceramente, sinto que como menos, bastante menos e aquela goludice desenfreada do início já passou.

Olha eu com desejos de fruta e iogurtes... Mas alguma vez isto me passou pela cabeça?!...

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Uma semana depois...


Cá estamos! Com sapato especial e duas muletas que não me permitem fazer quase nada. Eu que gosto tanto de andar a cirandar de um lado para o outro mesmo dentro de casa, sinto-me incapacitada.

A recuperação em si parece estar a ir em bom ritmo. A ferida exterior está limpinha e a cicatrizar bem, mas ainda não consigo por peso nenhum em cima do pé e também não quero forçar, por dentro levou um estrago valente. Devagarinho lá chegaremos!

Nestes últimos meses tenho andado cada vez mais parada a culminar nesta semana completa no sofá e sinto o corpo mole e perro. É normal, eu sei, mas agora mais do que nunca estou mesmo a dar importância ao que o meu corpo faz por mim. Vou passar a cuidar tão bem de ti meu lindo!...

Ontem pesei-me e voltei a um peso que no passado jurei nunca mais ter. Fiquei um pouco triste, claro. Mas honestamente, eu agora olho-o no espelho e não o vejo com o ódio e o desgosto com que o via no passado.

Se eu quero ter este tamanho? Não, não quero, simplesmente porque me sinto melhor quando estou mais leve e mais ágil.

Se eu vou embarcar em mais uma das mil dietas restritivas que existem no mercado? Não, não vou.

Vou simplesmente tratar-me com gentileza:
Alimentar o meu corpo de forma equilibrada.
Mexer-me de uma maneira que me dê prazer.
Hidratá-lo para que toda a engrenagem funcione regularmente.
Massajá-lo com cremes e loções cheirosas.
Rodear-me de pessoas (reais ou virtuais) que me inspirem.
E acima de tudo, olhar-me ao espelho, ver-me como um todo com bons olhos, sem me concentrar nos defeitos e agradecer ao meu corpo o que ele faz por mim.

Se o resultado destes atos for a perda de peso, ótimo. Se não for, paciência. Não vou é sacrificar de novo a minha saúde mental pela perseguição de um corpo que nunca foi suposto ser meu.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Do fim das férias


Decidimos antecipar a minha cirurgia ao esporão e à fascite para ontem e foi o melhor que fiz, muito sinceramente.

As férias pioraram bastante o problema e o facto do hubby e a filhota estarem em casa tem sido uma ajuda imensa.

Correu tudo bem, foi uma cirurgia simples, mas a recuperação penso que vai ser mais difícil do que eu contava. Para já é completamente impensável pôr o pé no chão e tenho de andar com as canadianas para todo o lado (para já tem sido do sofá - casa de banho - cama).

Sabia que era um pouco complicado, não deixa de ser uma operação ao pé e ainda por cima o direito, só damos conta da sorte que temos quando nos falha algo, mas não pensei que tivesse de ficar com o pé totalmente imobilizado.

Mas pronto, agora já está, o restinho das férias ficou suspenso e vamos lá ver por quante tempo terei de ficar no estaleiro... Pelo menos as séries e filmes vão todos ficar em dia!!


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Férias atípicas


Este ano tem sido muito disto: descanso e mais descanso.

Estamos bastante perto da praia, mas a curta caminhada mais os 70 degraus e andar descalça na areia deixam-me de rastos. Temos preferido a piscina e muito poucas caminhadas.

Em casa fazemos maratonas de Friends, puzzles, filmes da Disney e mimo.

Sinto que piorei do esporão e na próxima semana vou tentar antecipar a cirurgia. Fui eu que quis marcar para a 2ª semana de setembro para não prejudicar tanto o trabalho, mas piorei e tenho de me pôr em primeiro lugar. Não sendo nada de especial, é uma coisa que se torna bastante incapacitante.

Apesar de eles não concordarem comigo e não gostem que o diga, tenho a sensação que estraguei as férias com esta treta. Costumamos ser muito ativos e este ano somos só uns grandes pastelões esparramados na sala, nas toalhas na piscina e na praia...

Mas, apesar de tudo, têm sido umas férias boas. Descansamos bastante e ainda não estamos fartos uns dos outros 😉

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Das três, uma


Ou há um aumento de pessoas com corpos grandes no mundo...

Ou as pessoas com corpos grandes estão a largar os preconceitos, a abraçar quem são e a exporem-se mais do que antes...

Ou eu estou a reparar mais do que em anos anteriores...

Seja qual delas for, estou incrivelmente orgulhosa de a pouco e pouco fazer parte desta segunda opção. Porque me cansei de esperar para ser feliz quando chegasse a determinado peso, que na maioria das vezes nunca chega, sequer.

Eu sou tão mais do que a minha imagem...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Das férias


Chegámos ao nosso poiso no sábado. Já é o 6º ano que vimos para aqui e é sempre excelente.

Este ano com a condicionante de eu andar meia manca e não poder andar muito. Em repouso estou ótima, mas ando um bocado e as dores aparecem logo. Já falta pouco para resolver isto.

O tempo também não ajuda muito a caminhadas. O vento de manhã é tolerável, mas de tarde é insuportável e nem à noite dá tréguas. A temperatura está agradável, mas o vento é irritante e a água do mar está mais fria do que em Matosinhos, muito sinceramente...

Vale o tempo que passamos juntos, sem stress, a viver mais lentamente no meio de jogos, puzzles, filmes e abraços da princesa que mesmo quase com 17 anos gosta de passar os dias connosco e faz questão de nos envolver em abraços regados com "eu gosto muito de vocês" ou "estou farta de te ver sofrer, dá-me essa dor a mim"...

Enche-me a alma... Alguma coisa fizemos bem... muito bem...

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Notas soltas


- No sábado fui com a filhota ver o Rei Leão em Imax 3D. Porra, que coisa mais bem feita! Como é que eu algum dia vou conseguir ver cinema de outra maneira?!

- O raio do esporão que tenho no pé direito venceu e vou retirá-lo cirurgicamente dia 11 de setembro. Não é grave, mas é uma dor chatinha e constante. As férias vão ser interessantes com escadarias e caminhadas...

- Não sendo nada do outro mundo, a verdade é que a única vez que fiquei no hospital foi para ter a minha filha, portanto este é O evento da minha vida este ano e sei que lá mais para a frente me vai girar um bocado o sono. Apesar de agora me andar a arrastar, a mancar e constantemente em bicos de pé, uma coisa é certa, só regresso ao trabalho quando estiver a 100%, nem um dia antes.

- Sinto-me perra, cansada, idosa. Agora sim, sinto a falta que me fazem umas simples caminhadas...

- Já só faltam 15 dias até ir de férias e pareço os presos a riscar os dias. Ando a precisar tanto de descanso, sol e salitre...

sábado, 20 de julho de 2019

Do amor puro


A filhota foi sair com as amigas e comprou um livro Mentes Inquietas ligado à série Stranger Things.

- Sabes mãe, este livro é dedicado a ti, olha o que diz...

O meu coração transbordou ❤️

sábado, 29 de junho de 2019

Do estado de espírito


Houve uma altura da minha vida em que eu simplesmente não me pesava. Não queria saber do peso, não me importava se comia mcdonalds 4 vezes por semana e mais porcarias no resto do tempo.

Houve uma altura da minha vida em que eu parei e me pesei. E assustei-me de tal modo que decidi mudar radicalmente de vida.

Começou uma vida de dieta, restrição e tormento da balança.

Houve alturas em que me pesava uma vez por semana ao sábado de manhã depois de uma semana de dieta rigorosa. Como só me ia pesar no sábado seguinte, o fim de semana era de abuso total, para voltar à restrição a cada 2a feira...

Houve alturas em que me pesava todos os dias "só para ver", de manhã e à noite, para "saber" como me tinha portado. Se o resultado tivesse sido bom, recompensava-me com um chocolatinho. Se tivesse sido mau, castigava-me mentalmente e culpava-me, o que muitas vezes levava a uma compulsão e comia à mesma o chocolate muitas vezes em maior quantidade...

Houve alturas em que comia essencialmente sopa ao almoço, restringia a comida "má" e odiava-me quando caía em tentação.

Até que chegou uma altura (há pouco mais de um ano) em que estava psicologicamente exausta deste bullying que me infligia a mim própria e para bem da minha saúde mental deixei as dietas, deixei as restrições, deixei o policiamento da balança e comecei só a viver com base na minha intuição. Foi como se tivesse tirado a rede de segurança por baixo de mim e tivesse só de passar a contar com o meu bom senso para manter o equilíbrio.

Obviamente engordei! Tinha passado uma década e meia a restringir e agora se eu dava liberdade ao meu corpo de fazer a escolha que ele quisesse, obviamente que os desejos seriam do que eu não lhe queria dar antes.

Mas...

A liberdade na cabeça é incrivel. Só por isso vale a pena. O facto de eu olhar no espelho e não odiar automaticamente o meu corpo, de me focar na beleza dele e não somente nos defeitos é libertador.

Às vezes sinto que perdi tanto tempo a odiar-me quando simplesmente poderia aceitar-me e sinto uma profunda tristeza por isso. Eu fui tão burra. Mas pronto, calculo que deva ter sido a curva de aprendizagem que eu tive mesmo de seguir para chegar onde estou agora.

Tudo isto para dizer que hoje voltei a pesar-me.

Tinha me pesado no início do mês e tinha decidido voltar a tentar perder algum peso, mas para me sentir melhor, com mais agilidade, já que me estava a sentir um pouco presa e limitada. Muito longe da mentalidade anterior de perder peso para ficar dentro do padrão que a sociedade definiu como standard mascarado de saudável.

Desta vez sem o tormento da balança, desta vez sem restrições, desta vez só a escutar o meu corpo e a balancear as refeições, o exercício, a hidratação e sobretudo o meu bem estar mental.

Portanto, pesei-me e, só a apostar no meu bem estar, perdi 1,3Kg.

Isto deixa-me feliz, não tanto pela perda de peso, mas porque significa que o meu corpo voltou a confiar em mim e sinto que já não me pede tanto aquelas comidas que eu antes lhe proibia. Ele agora tanto me pede um doce (normalmente um pouco de chocolate resolve o assunto) como me pede saladas e almoços semi-vegetarianos.

Eu sinto que cada vez posso confiar mais nele e finalmente agora estou pronta a encontrar o meu ponto de equilibrio que tanto buscava.

sábado, 22 de junho de 2019

Olá


Ultimamente não me tem apetecido escrever... O que se tem passado por aqui:

* Tinha uma dor chata no pé direito que piorava com caminhadas. Ecografia feita e diagnóstico: Fascite plantar e esporão calcâneo. Não é nada de grave, mas é chatinho e fez-me parar com as caminhadas. Estou à espera do relatório da ecografia para ir à consulta e ver qual o tratamento.

* A princesa passou para o 12º ano e oferecemos-lhe uma bicicleta. Ela já teve algumas enquanto cresceu, todas herdadas de familiares. Agora quando queria, andava com a minha já com mais de 20 anos. Compramos-lhe a primeira bicicleta novinha em folha para ela e há dias fomos comprar novas para nós também. Esperamos habituarmo-nos a dar bons passeios em família, divertirmo-nos e exercitarmo-nos com prazer.

* Estes belos feriados e fins de semana prolongados têm sido passados em casa com a princesa a estudar para os exames. Já fez um na semana passada, vai fazer o outro na próxima semana. O S. João vai ser em casa, o meu pé não me deixa ir muito longe.

* Os fins de tarde na praia a ver o por do sol têm sido recorrentes. Quando o vento permite, damos uma pequena caminhada, mas na maioria das vezes é mesmo no conforto do carro a ouvir música e a cantar. Pequenos prazeres.

* Fui à consulta de medicina de trabalho e mostrei-lhe as minhas análises. Ela disse que estavam absolutamente perfeitas. Depois perguntou sobre o peso e eu disse que aumentei uns 10kg nos últimos dois anos porque tinha deixado as dietas de lado porque estava a ficar muito obcecada. Para meu espanto, ela concordou com a minha decisão e disse que a saúde mental deveria vir primeiro. Obviamente, estando a cabecinha devidamente tratada, numa mindset mais saudável, é minha pretensão voltar a perder peso, mas sempre tendo em conta o meu bem-estar físico e mental, sempre sem a obsessão da balança.

* Vai entrar o mês que mais odeio no ano. Já toda a gente vai de férias (menos eu que só vou em agosto), o volume de trabalho ainda está a todo o vapor com a desvantagem que tenho de fazer o meu e o dos outros. Julho é um mês gigantesco com zero feriados (e vimos mal habituados de um recheado junho) e por isso mesmo e para a miúda relaxar dos estudos, metemos 2 dias de férias e vamos passá-los à Nazaré. Vai ser bom.

E pronto... tem sido assim...

terça-feira, 11 de junho de 2019

Tão cosidas que elas são!!


Ser mãe foi para mim uma 'tarefa' a 100% desde o primeiro minuto. Eu adoro ser mãe mais do que qualquer coisa no mundo. Eu sei ser mãe. É a coisa mais linda que eu alguma vez irei fazer em toda a minha vida.

Ai vocês são tão cosidas... Vai custar-te muito depois quando ela se começar a afastar... 

Muitas vezes ouvi isto ao logo destes quase 17 anos. Da minha mãe, da minha avó, da minha sogra, outras gerações que delineavam bem o estatuto mãe e filha.

Nunca na vida questionei não me dedicar tanto a ela só para depois não me custar tanto. Para quê sacrificar um delicioso agora por um longínquo depois ? Sempre achei que estava a construir uma relação que daria frutos uma vida inteira.

Pois bem, o depois está a chegar. Ela já pede para sair, para ir ter com a amiga, para que a deixemos voar. E eu deixo, claro. Não quero que ela sinta o aperto das rédeas que eu senti e tenho plena confiança nela.

Sei que sou uma privilegiada pela filha que tenho. Ela desdobra-se entre a euforia da amiga, o aconchego dos pais e a responsabilidade dos estudos. Mas não consigo evitar que me custe esta transição e nova adaptação e continuo a ser uma galinha porque afinal estou a deixá-la sair dos meus braços que estarão sempre abertos para ela.

Ela no fundo continua a ser a menina que sempre foi, eu é que, inconscientemente, a vejo de maneira diferente. Tenho um medo irracional que ela me escape por entre os dedos, mesmo ela estando aqui sentada ao meu lado de pedra e cal e sem intenções de ir a lado nenhum.

Inconscientemente eu olho para ela e lembro-me da Sweet adolescente que tanto se afastou dos pais. Mas nem ela é a Sweet adolescente, nem eu sou a minha mãe. A relação que construímos está a anos luz da que eu tinha com a minha mãe. Preciso de relaxar mais com esta questão e acreditar que tudo o que vivemos até agora a mantém sempre perto de mim.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

É oficial


A minha pequenina cresceu. Conheceu uma menina e andam as duas entusiasmadas.

Por um lado fico imensamente feliz por ela. Quem não se lembra da alegria de um amor fresco, de todas as pequenas coisas que fazem vibrar um coraçãozinho apaixonado e as sensações boas que daí acontecem.
E mais contente estou por ela me ter contado tudo de imediato, de ter partilhado a alegria dela comigo. Isso deixa-me com um sentimento incrível de dever cumprido como mãe.

Por outro lado, ela deixa de ser só minha. Eu sei que isto é a minha veia mais egoísta a falar e que mais cedo ou mais tarde ela ia começar a abrir as asas. Eu sei que é a lei da vida. Mas custa. E eu, mestre em sofrer por antecipação, custa-me pensar nas ausências dela, mesmo estando ela agora sentada ao meu lado.

O problema é que eu já tive 16 anos, já estive apaixonada de fresco e eu fui a adolescente que eu espero que ela não seja. Sim, a nossa relação está a anos-luz da que eu tinha com a minha mãe, mas mesmo assim, mesmo sabendo que a nossa relação é de pedra e cal, custa-me largar-lhe a mão e deixá-la correr à vontade.

E outra coisa, são duas meninas. Eu tenho essa parte bem resolvida e aceite na minha cabeça, mas a sociedade consegue ser bem pervertida. O meu maior medo é que alguém possa ser rude e mesmo mal intencionado com elas.

Foram quase 17 anos dedicados exclusivamente a esta criança que se tornou numa verdadeira amiga e companheira. Eu já nem sei viver sem andar à volta dela...

O que eu mais lhe digo desde sempre é 'Tu tens tempo para tudo: família, amigos, namorados, estudo...' mas depois no meu íntimo mais egoísta, eu quero-a só para mim...

terça-feira, 4 de junho de 2019

Voltei a pesar-me...


... e estranhamente sinto-me em paz.

Vi um número que pensei que nunca mais iria ver, mas em vez do ódio e desilusão habituais senti paz e que aquele era somente um número, que não tinha nada a ver comigo, com o meu valor como pessoa.

Eu sei que o peso tem aumentado porque eu ainda estou numa fase inicial, quer dizer, eu enganei o meu corpo durante tantos anos, lutei tanto contra ele, fazia-o crer que ele estava constantemente errado... Quando ele me dizia Tenho fome! eu calava-o com um copo de água... Quando ele me dizia Dá-me um bocadinho de chocolate! eu fingia que não o ouvia até ele ganhar e em vez de um quadradinho comia compulsivamente uma tablete inteira.

Hoje tenho no frigorífico meia dúzia de chocolates que a minha avó traz quando cá vem a casa. E estão lá há meses sem ninguém lhes tocar simplesmente porque a gula agora não anda descontrolada.

Se eu quero estar assim tão pesada? Claro que não!

Não é bom para mim, sinto-me pesada e limitada de movimentos. Quero mexer-me. Preciso de me começar a mexer. Mas porque quero cuidar do meu corpo. Porque o adoro! Porque é a minha primeira casa! E não porque o odeio e o quero encolher para os limites standardizados por uma sociedade dietista que ganha milhões à custa das nossas inseguranças.

Acima de tudo, estou imensamente feliz por finalmente conseguir não me afetar terrivelmente por aquele número.

O meu corpo merece melhor e esta é a minha tarefa: cuidar dele, nutri-lo devidamente e amá-lo. Não odiá-lo.

Se antes eu acreditava cegamente que só o conseguia mudar se o odiasse, agora só penso: WTF?! Se o amar o bastante, eventualmente ele vai mudar sim, para melhor!

God!!! Tanto tempo perdi eu a seguir o rebanho errado!

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Das coisas boas tão boas da vida


Estar com a filhota dentro do carro à beira mar a assistir ao mais belo espetáculo da natureza enquanto ouvimos e cantamos em coro música da boa, num espetáculo quase que coreografado.

Há lá coisa melhor do que esta cumplicidade e ligação única entre mãe e filha? Todo o cansaço do dia desaparece e o vendaval que se sente lá fora até se torna abençoado por permitir estes momentos de aconchego.

PS: ❤️

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Coxas de frango com laranja na slow-cooker


Ora, no sábado passado, mortinha por estrear a minha nova aquisição, decidi experimentar uma receita inspirada na Joana Roque.

A ideia é testar e acertar principalmente tempos de cozedura porque umas carnes vão precisar mais do que outras. Também estava curiosa para ver se realmente não era necessário juntar muitos líquidos na panela e se aquilo realmente não pegava ao fundo. Fiz assim:

- 3 coxas completas sem pele nem gorduras
- 1 laranja sumarenta
- 1 cebola em meias luas
- sal, mistura de alho e salsa
- 1 fio de azeite

De véspera temperei o frango com o sal e a mistura de alho e salsa. De manhã cedo liguei a panela no high e coloquei a cebola e por cima o frango temperado e reguei com sumo de meia laranja e um fiozinho de azeite. Duas horas depois decidi baixar para low e ficou a cozinhar durante mais duas horas. No fim retirei o frango e com a varnha mágica passei o molho que ficou na panela com a cebola e o sumo da outra metade da laranja.

Ficou mesmo muito bom!!

A carne ficou bem suculenta e muito saborosa. Por ter ficado bastante tempo na panela, ficou com aquele aspeto tostadinho de forno. E o molho que era só laranja, suco da carne e a cebola ficou cremoso e delicioso!!

Já para não falar no cheirinho delicioso que durante a manhã inundou aquela casa!

Para primeira experiência ficou totalmente aprovado. A única coisa que tenho de ter atenção é ao planeamento, ter de descongelar e temperar atempadamente. Penso que é um método de cozinhar bem saudável e que me vai permitir fazer refeições, especialmente à semana, que de outro modo não faria por serem muito demoradas.



terça-feira, 21 de maio de 2019

Comprei uma slow-cooker


Depois de andar a ver por aí a dizerem maravilhas das slow-cookers, ou panelas de cozedura lenta, resolvi investir numa.

Na semana passada, curiosamente, o Aldi tinha uma em folheto pela módica quantia de € 29,99 e foi essa mesmo que trouxe.

A grande vantagem deste modelo é a enorme capacidade de 6 litros, dá para cozinhar um frango ou pato inteiros ou belas coxas de perú. A única desvantagem é que não tem temporizador, ou seja tenho de ligar e desligar manualmente.

A slow cooker basicamente funciona como um pequeno forno com um recipiente cerâmico com uma temperatura constante (high ou low se quisermos a cozedura mais rápida ou mais lenta) que cozinha a comida lentamente. Como a temperatura é baixa, não há evaporação de líquidos e a carne normalmente cozinha nos seus próprios sucos, ficando macia, suculenta e sem adição de grandes gorduras. É possível usar carnes mais duras e baratas que mesmo assim a promessa é de a tornar bem tenrinha e saborosa.

A minha ideia com esta aquisição é, de vez em quando, deixar a panela ligada à hora do almoço e ela fazer a sua magia durante a tarde. Chegado à noite tenho um belo de um estufado pronto, faço só um acompanhamento e já está! Ou mesmo ao fim de semana, ponho a bichinha a funcionar e podemos ir à nossa vidinha, fazer uma piscina ou uma caminhada e quando chegarmos a casa é só sentar na mesa!

Estou com belas esperanças nesta maquineta, espero que se torne bem útil e não seja mais uma para encostar...

domingo, 19 de maio de 2019

Superação


Era o que dizia no balão que me calhou na Corrida da Mulher de hoje.

Nunca tinha feito nenhuma prova destas porque não tinha companhia, porque nunca tinha calhado, porque nunca achei que conseguisse chegar ao fim... sei lá, as razões são imensas.

No início do ano, a filhota desafiou-me e eu inscrevi-nos de imediato, orgulhosa da iniciativa dela.

Hoje lá fomos e soube muito bem este momento partilhado a duas. É sempre bom passar tempo com ela, mas saber que ela também gosta de partilhar momentos destes comigo em plena adolescência é só delicioso.

São 6 da tarde e estamos as duas a ouvir música baixinha a olhar para o mar de Leça da Palmeira depois de umas horas de explicações privadas de História.

E eu sinto-me feliz. Não só pela superação como por esta relação mágica que construímos.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Um ano de liberdade


Um ano de aprendizagem.
Um ano de revolução total das regras de anos.
Um ano do maior amor do mundo: o amor próprio.
Um ano a tratar-me com gentileza.
Um ano a olhar para mim primeiro sem sentimento de culpa algum.
Um ano a sentir que mereço ocupar o meu espaço no mundo.
Um ano a não odiar o meu corpo.
Um ano a olhar-me ao espelho e a focar-me nas coisas boas do meu corpo.
Um ano a agradecer ao meu corpo aquilo que ele é e o que me permite fazer.
Um ano a movimentar o meu corpo por o amar e não a castigá-lo por o odiar.
Um ano a andar de passo confiante e cabeça erguida (literalmente).
Um ano a estar a borrifar-me para o que os outros pensam do meu corpo.
Um ano a desfazer todas as ideias impostas pela mentalidade-dieta.
Um ano de foco no momento, na brincadeira e nas gargalhadas em vez de foco na comida.
Um ano a deixar de me atribuir as culpas de tudo.
Um ano de leveza de espírito.
Um ano a deixar de procurar validação dos outros e confiar só na minha própria.
Um ano a sentir que eu mereço tudo de bom no mundo.
Um ano de body positivity.
Um ano de alimentação intuitiva (em progresso).
Um ano de uma paz profunda.

Muito obrigada a estas meninas por serem fontes diárias de inspiração
Allie - Rini - Jillian - Megan - Jess
Foi uma bênção terem aparecido na minha vida

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Hoje foi o dia


Abria a gaveta da cómoda cheiinha até cima e os meus olhos paravam logo nas camisolas que deixaram de me servir.

Abria o roupeiro e parece que só reparava nas blusas que já não apertavam.

Hoje foi o dia. Passei revista a toda a roupa que tenho e tirei dos armários tudo o que já não me serve. Algumas coisas são para dar, outras ainda as vou guardar durante algum tempo numa caixa na garagem. Eu sou muito apegada às tralhas e este é um método que resulta comigo.

Até me sinto mais leve. Eu que achava que precisava urgentemente de todo o tipo de roupa, chego à conclusão que afinal... OK, preciso de 2 ou 3 pecinhas, mas fiquei com mais coisas do que pensava.

Podia estar a sentir-me frustrada por ter ganho peso neste último ano, mas vou optar por ficar feliz pelo caminho que escolhi percorrer.

Sim, ganhei peso. Mas ganhei também uma liberdade imensa. Estou a escolher cuidar da minha saúde mental, a fazer as pazes com a minha imagem, a curar a minha relação com a comida e a alimentar a minha auto-estima.

Escolho cuidar de mim e amar-me.
Escolho confiar no meu corpo e deixar-me guiar pela alimentação intuitiva.
Escolho não me deixar escravizar pela balança e afastar o meu valor do número que ela mostra.

O meu corpo está finalmente a voltar a confiar em mim e aos poucos vamos construindo uma relação saudável.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Aos dezasseis


Ontem, assim do nada:
- Tenho um anúncio a fazer:... Eu gosto muito de vocês os dois!...

A vermos televisão encostadas uma à outra como habitual, dá o trailer do Parque das Maravilhas:
- Mãe, vamos ao cinema ver este filme? Apetece-me ver mikis.
Fomos as duas, que o pai dispensa filmes de animação. A história era sobre uma mãe e uma filha super-unidas, melhores amigas a mãe fica doente e tem de ir fazer um tratamento:
- Vamos embora, não quero ver isto...
Mas não fomos e no fim a mãe regressa bem de saúde e choramos as duas.

Entre nós nunca há silêncio constrangedor. Falamos de tudo, de coisas importantes, de tonices, brincamos com tudo, gritamos na galhofa, às vezes parece uma casa de tolos.

Ela é a minha melhor amiga e eu sei que eu sou a dela. Ela sabe que não há absolutamente nada que não me possa contar e eu adoro que ela tenha toda essa confiança em mim.

O meu coração às vezes parece que vai rebentar de tanto amor que eu tenho por ela. Já nem sequer me lembro de como era a minha vida antes. Com ela, sinto-me completa!

Nunca, nem num milhão de anos, poderia imaginar que aos dezasseis a nossa relação seria assim, tão profunda, tão linda, tão nossa.

Eu dou-lhe toda a liberdade do mundo e ainda assim ela vem aninhar-se junto a mim. Amor assim não existe em nenhuma outra relação.

domingo, 21 de abril de 2019

Cansada

Às vezes sinto-me cansada de estar constantemente a trabalhar em mudar a minha mentalidade e deixar as tão enraizadas ideias de dieta. É um trabalho exaustivo e constante.

Às vezes arrependo-me de ter seguido o caminho da alimentação intuitiva. E se eu nunca encontrar o equilíbrio e só ganhar peso mais e mais?

Às vezes penso que nunca vou conseguir sair da fase do abuso pontual e começar a escutar a sério o meu corpo e finalmente balancear saudavelmente o que antigamente eu considerava alimentos permitidos e proibidos. Porque quando há uma aberta, os proibidos tornam-se os mais abusados.

Às vezes há coisas pequeninas que despoletam estes pensamentos e que me tiram o sono. Tipo uma foto por exemplo. Ou a respiração ofegante numa pequena e inofensiva subida de poucos metros.

Às vezes ainda me incomoda imaginar o  que será que os outros pensam de mim, do meu corpo, da imagem da minha família "coitadinhos, tão gordos e desleixados"... Será que alguém olha para nós e pensa isso?

Às vezes ainda penso que estou a fazer mal à minha saúde ao ter deixado as castrantes dietas, mesmo sabendo que as minhas análises clínicas estão com valores melhores do que nunca.

Às vezes acho que estou a reduzir os anos de vida saudável que terei para ver a minha filha criar a sua própria vida. Os meus e os do meu marido que também ganhou peso desde que eu abracei a alimentação intuitiva.

Às vezes penso quão mais fácil seria voltar ao cobertor aconchegante do controlo da balança e das rotinas restritas.

Isto porque eu só sei ser tudo ou nada. Raismaparta!

Estou aqui a sentir-me entupida de amêndoas e doces, quando na realidade não foi assim tanto que comi. Mas o facto de não ter andado a comer fruta nenhuma e muito poucos legumes deve ser um alerta do meu corpo. Eu ainda não os sei reconhecer e isso tira-me o sono. É 01:39 da manhã e eu aqui a tentar perceber o que sinto e porque me sinto assim.

Às vezes sinto falta da disciplina a que a dieta me obrigava. Não sinto falta da dieta em si, mas do planeamento. Eu funciono muito melhor com rotinas e neste momento sinto-me um pouco all-over-the place.

Não sinto falta do constante sentimento de culpa por não conseguir reduzir o meu corpo, mas sinto-me inchada e sei que me sinto melhor com menos peso e com mais mobilidade.

Eu afinal não quero mudar a minha trajetória, não quero ir novamente do 8 para o 80, mas quero corrigí-la.

Porque no final de contas, o  que interessa é como eu me sinto no meu corpo e neste momento sinto-me um pouco presa nele.

Mas eu não o consigo fazer sozinha, preciso da ajuda e compreensão dos meus. Preciso que eles me dêem a mão para caminharmos juntos e que puxem por mim. Só nos faz bem, a todos.


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Semana curtinha


Semana curtinha de trabalho e compridinha de fim de semana. Vão ser 5 dias no meio do silêncio insurdecedor a relaxar do stress da cidade. Confesso que não consigo ficar muito tempo seguido na aldeia, mas uns diazinhos assim valem ouro!

Estão a var a capelinha lá em cima? Conto em ir lá a pé  por muito que me vá custar, porque o meu rabo de couch-potatoe está mais fora de forma do que nunca. Mas é uma questão de honra...

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Monday mood


Este texto apareceu-me ontem no instagram em tom de resposta do Universo ao meu dia da caca 😊

domingo, 7 de abril de 2019

Dos dias de caca

Ontem foi um dia de caca. Na mesoterapia tirei novamente as medidas e pelos vistos era suposto já ter perdido mais cm do que os que perdi. Vim para casa com um aperto no peito que me estava a fazer sentir pequenina, que me fez questionar se eu não tinha feito uma grande asneira ao deixar as dietas e seguir o caminho completamente novo e oposto da alimentação intuitiva e da aceitação de mim própria. Porque eu ganhei peso, eu sei. Porque eu sou de extremos. Porque eu um dia há muito tempo atrás decidi que queria mudar o meu corpo e que para isso tinha de o odiar em vez de o amar. Foi quando começaram as dietas e foi esse foi o meu grande erro na vida. Eu passei tanto tempo a odiar-me que me esqueci de como me amar. E agora com o body positivity tive um boost de confiança maravilhoso, sim, mas passei para o outro lado do espectro. Da restrição para o abuso. Do 8 para o 80...

Depois de muitos 'O que é tens? - Nada' e algum choro engolido, consegui finalmente abrir-me.

Ela: O que tens mãe? Eu conheço-te, estás triste com alguma coisa... Queres falar?...
Eu: Sabes, há dias em que me arrependo tanto de ter deixado as dietas... já engordei tanto!...
Ela: Oh! Só tens de equilibrar...
Eu: Mas eu não sei fazer isso. Eu sempre vivi nos extremos. Ou em dietas ou em abusos, não sei viver em equilíbrio...
Ela: Eu compreendo. Eu ajudo-te.

Eu sei que para as pessoas que nunca tiveram perto de desordens alimentares este é um não assunto, porque é um aspeto tão natural como respirar ou caminhar. Para quem, como eu, se debate com este problema, aprender a fina arte do Equilíbrio é uma aprendizagem árdua!

 A grande revelação para mim é que é possível eu amar-me como sou neste momento, mas mesmo assim tentar melhorar-me. E ela consegue ensinar-me isso.

Ela lê-me como um livro aberto. Ela sabe quando eu preciso de falar e quando preciso de estar quieta ou sozinha. Às vezes sinto-me culpada por estar a passar para ela estas minhas preocupações. Mas a nossa relação é assim tão transparente que é inevitável.

Ela é uma miúda impecável, tão forte, com uma auto-estima tão lá no alto que é impossível não a admirar ❤️

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Mas o que é isto?!?!


Um dia calor de verão e noutro frio de inverno?!

Já uma pessoa tirou os lençóis polares da cama e agora tem de andar a pôr mantinhas por cima?!

Começou uma pessoa a mentalizar-se finalmente em largar uma pequena fortuna num biquini daqueles mesmo bons e que deixam as meninas no sítio certo da Dama de Copas, para agora vir este frio polar?! Eu não vou experimentar biquinis com a termotebe vestida!!

Mas agora que os dias são maiores e que uma pessoa ia começar a fazer caminhadas em família depois do jantar, vem esta chuveirada do nada?!

Não é justo... Vou amuar ali no cantinho do sofá com uma chávena de chá, uma mantinha e 2 episódios do House Rules...

quinta-feira, 28 de março de 2019

Da paz interior

Ler isto no instagram deixou-me uma sensação de paz indescritível. 
 

Grande parte da minha vida foi passada em guerra comigo própria com gritos internos de fúria por não conseguir ser como esta ou como aquela; por ser fraca e não fazer mais exercício ou por ser fraca e comer mais aquele chocolate... foram ditas muitas coisas feias dentro da minha cabeça por não conseguir reduzir mais e mais o meu corpo quando tudo o que ele queria era dizer-me: mas tu não vês que eu não consigo manter-me muito tempo neste peso mais baixo? Não lutes mais contra mim... Eu sou teu amigo, eu estou do teu lado... não me odeies...

Ler isto é simplesmente libertador!

E pensar que a minha mentalidade já está neste mesmo trilho?... É só maravilhoso!

terça-feira, 26 de março de 2019

Da segunda sessão de mesoterapia




Não posso dizer que já vejo resultados, porque ainda não vejo. Aliás foi logo uma das coisas que a terapeuta me disse à partida: o meu caso é bastante complicado, é um tratamento que me fará ver melhorias sim, mas só ao fim de umas quantas sessões.
Estou a fazer mesoterapia clínica e estética e sinto-me muitíssimo bem tratada. O cocktail de medicação que me está a ser aplicado inclui um anti-inflamatório, um anti-edematoso, um anti-celulítico e um outro para desfazer as células de gordura. As piquinhas são dadas com intervalos bastante pequenos para apanhar a maior área possível. Como as minhas pernas têm uma área grande, a terapeuta não se inibe em utilizar mais ampolas, nem em levar mais tempo do que o habitual para o serviço ficar bem feito.

Estou muito satisfeita tanto com o atendimento como com todo o esclarecimento de dúvidas. Há finalmente alguém que acredita (como eu acreditava há muito) que tenho um problema além do “É gordura… emagreça!” e que acredita que me consegue ajudar.

Comprei um pack de 10 sessões que ficou por € 300,00 e me vai dar para 10 semanas. Ao mesmo tempo recomendou-me dar uso aos músculos todos os dias num período de 30 minutos seguidos (caminhadas ou qualquer outro tipo de exercício) para fazer o músculo trabalhar e melhorar a absorção e distribuição do medicamento infiltrado.
A dor… ora, a dor para mim é suportável. Há sítios mais sensíveis do que outros, claro e o facto de as picadelas serem constantes, com intervalos de 1 a 2 dedos, faz com que esteja sempre a respirar fundo, mas é uma dor de segundos. Em cada sítio picado, forma-se imediatamente uma bolinha, mas passado pouco tempo a pele volta ao normal e não ficam marcas nenhumas.

Se for algo que me ajude, então o investimento vai valer bem a pena. Se os resultados não forem os esperados, olha, pelo menos não fico a pensar “Se tivesse feito aquilo…”
 


sábado, 16 de março de 2019

Fui cuidar de mim


Toda a minha vida tive as pernas gordinhas. Mesmo no menor do meu peso, as pernas sempre foram rechonchudas por todo, começando logo desde o tornozelo.

Das três vezes que me queixei a dois médicos diferentes, a resposta foi idêntica:
'Isso é gordura, tem de perder peso...'
'Mas Dr., eu se apertar dói, não poderá ser retenção de líquidos ou outra coisa qualquer?'
'Não, é gordura'
E lá vinha eu para casa com o estigma do peso às costas e de que eu é que era a fraca e me estava a fazer isto a mim mesma...

Hoje consultei uma especialista em Mesoterapia Homeopática que teve um discurso completamente diferente. Sim, tenho gordura, tenho bastante celulite, mas tenho essencialmente um grande edema nas pernas que nem com exercício de manhã à noite resolveria.

Só o alívio que senti por tirar das costas a culpa de estar a prejudicar o meu corpo, vale tudo!

Fiz uma primeira sessão de teste para decidir se estaria disposta a submeter-me ao tratamento e para esclarecer todas as minhas dúvidas.

Basicamente a mesoterapia consiste na infiltração na pele de um cocktail de medicamentos através de uma pequena agulha. Posso dizer que me senti um crivo!! Fui picada sem exagero umas 200 vezes, do tornozelo à virilha. E se na maioria das vezes a dor da picada era facilmente suportável, havia zonas que parecia autênticos choques (provavelmente onde apanhava reservas mais maciças de celulite). Para mim foi suportável, mas acredito que não seja assim com todos.

Então mas e a história que andas aí a apregoar do body positivity e aceitares o teu corpo como ele é...
Pois... debati-me com este tema a semana toda na minha cabeça, mas cheguei à conclusão que eu quero fazer isto para me sentir ainda melhor comigo. Se neste momento o po$$o fazer e se este tratamento me poderá proporcionar melhor qualidade de vida no futuro, estou a cuidar de mim, por mim. Não para parecer melhor aos olhos dos outros, mas para me sentir melhor, sem dores físicas nas pernas. Fiz as pazes com a minha decisão. Siga!

Vou fazer uma sessão destas durante 10 semanas. Ao mesmo tempo é aconselhado fazer 30 minutos de exercício contínuo por dia, simplesmente porque o músculo sendo trabalhado faz com o medicamento que foi introduzido se espalhe e atue melhor na zona que está a ser tratada.

Quanto à alimentação, pretendo manter a vertente intuitiva, mas a escutar mais o meu corpo. Ele já me vai pedindo mais fruta e legumes, que muitas vezes não tenho disponíveis, então faço escolhas mais pobrezinhas. Quero também beber 2 litros de água por dia sem falhar, para tentar expelir do meu corpo a maior quantidade possível disto que vai sendo dissolvido.

E é isto! É um tratamento médico? Sim. É um tratamento estético? Sim, também. É para ficar mais magra e agradável aos olhos dos outros? Não, não é! É para resolver um problema com que convivo já há muitos anos e que fará com que me sinta muito melhor no meu corpo.

domingo, 10 de março de 2019

Acreditar


Para quem não sabe, eu sempre tive fobia de água. Tudo o que fosse acima da cintura estava fora de questão para mim. Há cerca de 2 anos, inscrevi-me a mim e à filhota na natação, mais para perder o pavor da água do que propriamente aprender a nadar. Andámos lá uns 9 meses, muito sofridos para mim com muito ataque de ansiedade à mistura até que desistimos. Ela conseguiu aprender alguns movimentos para se desenrascar sozinha. Eu agora consigo pôr a cara na água e mexer-me para a frente e para trás com a ajuda de uma pequena prancha.

Hoje voltamos à piscina num horário livre. Acho que já lá não íamos há quase meio ano.

Diz ela: Anda, mãe, vamos a nadar até lá ao fundo!
A minha reação imediata: Já não sei nadar!
Ela: Sabes sim!
Eu: Mas não quero, tenho medo!
Ela: Medo de quê? Já sabias nadar com a prancha!
Eu: Medo de não conseguir, de ir ao fundo (a piscina tem 90cm...)
Ela: Pões-te em pé... Duhhh...
Eu: Não quero...
Ela: Então não falo contigo até chegarmos a casa...

E eu vi como estava a ser ridícula... Peguei na pranchinha e andei a nadar o tempo todo como fazia na aula e toda satisfeita da vida por superar os meus medos. Mais ainda, por saber que esta piasca acredita mais em mim do que eu própria!

Eu: Vês... não consigo sair do sítio...
Ela: E o que é que a professora dizia? Estás tensa!
Claro que estou tensa... É difícil, mas muito compensador superar uma coisa tão grande para mim, embora tão pequena para todos os outros.

Quero ir outra vez!

sexta-feira, 8 de março de 2019

Do self-care


Nos últimos tempos tenho acordado de manhã e para não cair na tentação de voltar a adormecer pego no telemóvel e faço a ronda pelo instagram. É errado, eu sei, mas rapidamente se tornou um vício!
Hoje decidi não o fazer. Fiquei só na ronha a espreguiçar-me longamente e a saborear o quentinho do ninho. Senti que me levantei mais calma, mais leve. Quero tornar isto um novo hábito!

Depois aproveitei o dia de sol e fui fazer uma caminhada à beira mar na hora do almoço, enquanto ouvia um podcast da fantástica Ownitbabe (vão lá ver como esta miúda é uma fonte inesgotável de inspiração). Faço 30km para ir e vir a Leça e 1h30 não é propriamente muito tempo, mas senti-me outra. Fui o tempo todo a respirar o ar do mar, a sentir a maravilha do sol a aquecer-me a cara ao mesmo tempo que o vento a arrefecia. Isto em vez de ir obcecada em fazer x km em y tempo para perder algumas calorias. Não! Foquei-me no que aquela caminhada estava a fazer à mente e não ao corpo.

Pode parecer pouco, mas esta pequena mudança no pensamento é uma enorme mudança na maneira como nos vemos e como encaramos a vida.

E sabe tão bem abrandar e escutarmos o nosso corpo...



quarta-feira, 6 de março de 2019

Da gula


Ontem fiz um bolinho de chocolate pequenino. E comi só uma fatia.

Uma!
Eu... Quem diria!...
Quem diria que um dia eu conseguia fazer um bolo sem ficar completamente obcecada por ele e sem tirar uma lasquinha de cada vez que passasse na cozinha.
Sem pensar 'deixa-me comer todas as fatias que conseguir hoje, porque amanhã volto à dieta e já não posso!' 
Quem diria que este sentimento de despreocupação em relação à comida podia ser tão libertador.


sexta-feira, 1 de março de 2019

Quem corre por gosto...

... não cansa, dizem. Mas eu estou toda rota!

Foram só 2 diazinhos em Madrid eu e a filhota para ela ver ao vivo a banda que por estes dias lhe enche o coraçãozinho.

E foi muito bom! Era uma sala muito pequenina, conseguimos ficar bem à frente, estivemos mais perto do que nunca e gostei muito. Eu, que alinho sempre nisto, mas que confesso desta vez ia mais numa de acompanhante, dei por mim a vibrar com a maior parte das músicas. Não há dúvida, este tipo de coisas são mesmo o meu guilty pleasure.

A filhota estava nas nuvens e saber que consigo proporcionar-lhe experiências únicas e de sonho é o suficiente para me sentir a caminhar sobre as núvens.

Esta continua a ser a minha preferida 😊


terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Ontem não foi um dia bom...


Ou por ser segunda feira, ou por estar um dia frio e morrinhento, ou por causa da cabra da tpm, ou provavelmente por tudo isto junto, à medida que a manhã passava, sentia-me a afundar num poço de mau humor. Devo ter dito provavelmente uma dúzia de frases durante o dia todo.

Há dias assim, eu sei, permito-me senti-los e espero ansiosamente que passem porque, apesar de saber que são temporários e ocasionais, eu odeio sentir-me assim. Só quero que me deixem no meu canto, não preciso que andem de volta de mim nem que falem comigo. Só quero estar sossegada com a minha enorme manta de mau humor.

Sentir-me mergulhada em auto-comiseração dá-me sempre vontade de me entupir de doces. É como se "merecesse" um miminho para me animar. É estúpido, eu sei, parece que eu quero comer as minhas emoções, mas aconteceu uma coisa interessante, por acaso.

Comprei donuts. Eu adoro donuts daqueles simples, mas que nunca vêm sozinhos, vêm aos quatro. Ao almoço comi um. E depois comi outro. E parei porque me apercebi que estava a comer emocionalmente. Confesso que me apetecia comer mais, mas decidi não o fazer.

Antigamente o que acontecia era que eu teria comido os quatro (e mais se houvesse) e no fim ia sentir-me enjoada, envergonhada comigo própria e arrependida. Ontem não. Segui o meu dia, mais docinha, pelo menos, consciente que comi emocionalmente e que isso não ajudou em quase nada no meu mau humor, mas pelo menos soube-me bem e sem arrependimentos.

Nem à noite me passou. A nuvem negra ainda pairava em mim (estava difícil... ) e não me deitei sem malhar nos outros dois donuts.

Hoje é um novo dia, o sol já brilha um pouco lá fora e cá dentro e espero que o raio da nuvem tenha sido levada para longe.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Ele e Ela


Ele apoia-me incondicionalmente. Sempre. Ele sempre esteve lá para mim, nos bons e nos maus momentos  compreendendo ou não os meus caprichos, sem nunca os questionar, somente aceitando e chamando-me à terra quando eu ultrapassei o limite do razoável (felizmente  porque eu estava cega).

Ele deu-me o que mais veio dar sentido à minha vida: Ela.

Já não sei viver sem ela nem me lembro como era a vida antes dela. Eu nasci para ser mãe, mas mãe dela. Completamo-nos como nunca na vida pensei ser possível. Ela é o sol do meu mundo, por mais cliché que isto seja.

Eu, ele e ela, fazemos a família perfeita, muito além do que eu alguma vez poderia sonhar ❤️