quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Luta de vontades


Ando aqui numa luta interior e não sei bem para onde me virar:

- Por um lado apetecia-me pesar-me. Ultimamente sinto-me curiosa. Será que o meu peso aumentou muito desde a última vez? Será que passei para a dezena seguinte? Sinto que o meu peso estabilizou num número que lhe é confortável de manter. Mas qual é esse número?

- Por outro lado sei que não devo. Ando há 9 meses a tentar (com sucesso) afastar o meu valor do número que a balança me mostrava. A balança é o símbolo da minha obsessão pelo mundo da dieta e era no número que ela mostrava que eu depositava todo o meu sucesso ou os fracassos sucessivos.

- A balança já não tem poder sobre mim, porque eu me afastei dela. Será que é seguro para a minha mente voltar a pisá-la? Será um grande erro que pode despoletar em mim sentimentos passados que eu estou a lutar tanto para ultrapassar? Mas eu estou tão curiosa...

Não sei o que fazer...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Mas que agradável surpresa


O aspeto não faz jus ao sabor, garanto!

Nunca tinha comido caril em lado nenhum, mas já vi imensas receitas por aí e numa das visitas semanais ao Jumbo, trouxe um bocadinho da zona dos artigos avulso.

Esta semana, para os almoços da semana saiu um caril vegetariano de grão que fiz assim:

Refoguei uma cebola picada em azeite, juntei um bocadinho de água, 1 cenoura em rodelas, 2 tomates em cubinhos, 1 colher de caril em pó e temperei de sal. Quando a cenoura estava quase cozida, juntei uma lata grande de grão escorrido, um pouco de leite de côco e 1 colher de côco ralado. Levei a ferver um pouco mais e ficou pronto. Uma receita bem rápida, portanto.

Confesso que no dia que fiz, ao provar torci o nariz. O sabor era-me estranho, achei que tinha posto caril a mais, estava um pouco amargo e pensei: fiz asneira, não vou gostar nada disto...

Mas dizem que o caril fica melhor no dia seguinte e na realidade assim foi. Com um arroz branco soltinho, ficou uma delícia!! Comida de conforto pura, com as vantagens de ser fácil e rápido de fazer, económico e perfeito para refeições sem carne ou peixe.

O próximo caril em que me vou aventurar vai ser de frango e vai ser para toda a família e eles são esquisitinhos com coisas novas... medo!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Passito a passito


Já há uns anos largos que utilizo os sacos reutilizáveis nas compras de supermercado. Bem antes deles serem pagos já eu os usava porque se havia coisa que me arreliava era ter um monte de sacos inúteis em casa. Sim, já na altura eu os usava para o lixo, mas mesmo assim, eram mais os que entravam do que os que saíam.

Mas sempre usei aqueles sacos transparentes para trazer legumes e frutas. Até agora, porque arranjei estes sacos reutilizáveis para dar o meu pequenino contributo para a diminuição do consumo do plástico.

Comprei aqui, muito em conta e são realmente muito práticos com aquele atilho. Sim, eu sei que os podia ter feito ou comprado cá em Portugal, mas confesso que assim ficaram bem mais em conta e tudo com um simples click.

Os sacos transparentes que ainda tenho, continuam a servir para o lixo orgânico (sim, porque eu não os deitava fora). Os sacos de asas que vão aparecendo daqui e dali servem para colocar o plástico que vai para reciclar. E os sacos de papel da padaria ou das lojas de roupa, servem para colocar o papel para reciclar.

Se há coisa que me enerva é ver lixo que podia ser reciclado num contentor de lixo orgânico. Mas custa alguma coisa separar?!

São pequenos gestos, mas já imaginaram se todos os fizessem?

domingo, 20 de janeiro de 2019

Inspiração #2


Às vezes deparo-me com pensamentos que parecem ter mesmo saído do fundinho do meu ser. Não resisto e tenho de os passar para o meu caderninho de sentimentos ❤️

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Dos almoços

Todos os dias trago almoço para o trabalho. Fica mais económico, obviamente e acabo por rentabilizar imenso a 1h30m que tenho livre porque 15 minutos chegam-me e sobram para comer e o resto do tempo ou vou às compras, ou dou um saltinho a casa, ou leio um livro, o que me apetecer.

Se antes acabava sempre por trazer restos de outras refeições, nos últimos tempos tenho decidido cozinhar propositadamente para estes almoços o que me permite fazer coisas que normalmente não comemos em família por serem, vá lá... diferentes. Apesar de poder aquecer a comida antes de ir laurear a pevide, tento fazer coisas que se comam bem frias (vão aparecer aqui muitos couscous) e preferencialmente experiências sem carne nem peixe.

Como não me incomoda minimamente comer a mesma coisa dias seguidos, ao domingo faço almoço para 2ª, 3ª e 4ª, na 5ª como uma sopa e uma empanada de atum (que adoooro de paixão) e 6ª normalmente vai também uma sopa com um restinho de qualquer coisa ou, se não houver nada a jeito, lá tenho de fazer o sacrifício e malhar outra vez numa empanada, fazer o quê...


Ora então esta semana saiu ervilhas estufadas com cenoura e cogumelos e ovo escalfado. Eu ponho num tacho polpa de tomate, vinho branco, sal e ervas aromáticas e deixo cozinhar a cenoura, as ervilhas e os cogumelos; quando a cenoura estiver cozida, meto 3 ovos para escalfar no molho. Podia ter servido com arroz branco, mas preferi fazer o que a minha mãe fazia quando eu era miúda e adorava: na marmita pus pão ao pedaços e por cima as ervilhas com o ovo e molhinho. Como eu adoro estas sopas de pão...

Além de ser um almoço muito em conta, é saudável e acima de tudo reconfortante!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O caminho é longo

Hoje consigo olhar-me no espelho e gostar do que vejo. Consigo não ver só os defeitos, consigo ver além da coxa grossa, do pneu da barriga, do tornozelo inchado. Consigo ver beleza no todo e consigo não odiar o que outrora queria ver fora do meu corpo.

Mas...

Ainda há momentos que despertam em mim a outra Sweet - a que se odiava - e é esses momentos que eu tenho de trabalhar e tenho de arranjar estratégias para os ultrapassar sem grandes stresses.

Ontem no provador de uma loja aconteceu-me uma situação dessas e eu senti-me a dar um passo atrás nesta coisa de amar o meu corpo.

Uma coisa que eu acho que ajuda, e que eu tento fazer diariamente, é olhar-me bem ao espelho de corpo inteiro. Olhar para mim e ver o meu corpo. E em vez de o criticar, arranjar coisas boas para lhe dizer, nem que seja em pensamento. Porque há coisas que nós ousamos pensar sobre nós que são tão negativas que nunca teríamos coragem de dizer à nossa melhor amiga. E não nos podemos esquecer que nós temos de ser as nossas melhores amigas. Se não magoamos os outros com as nossas palavras, porque é que nos magoamos a nós próprios com os nossos pensamentos?

Olhar-me no espelho e focar-me a ver beleza no meu corpo é um exercício poderoso.

Numa nota completamente diferente, passados mais de 30 anos, a minha mãe tornou a tricotar para mim, uma espécie de poncho que eu adorei e que, pelo menos hoje, tem o cheiro dela ❤️


Aqui fica o registo para a posteridade, sim porque hoje passei uma eternidade à volta do espelho para tirar uma foto de jeito... Hoje o exercício está feito 😉

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Vamos lá? ou Filhota #4


Conversa por sms de hoje:

Ela: Corri praí 20 minutos em física hoje!
Eu: Seguidos?!
Ela: Com intervalos de 2 minutos... Correr está mesmo na cabeça e não na capacidade...
Eu: Sim, eu sei. Eu gostava de gostar de correr, mas sem motivação é muito difícil!
Ela: É aos bocadinhos... Começamos as duas a correr!
Eu: E tu puxas por mim? Olha que eu sou muito cu de chumbo!
Ela: Não há mais ninguém no mundo que consiga puxar mais por ti do que eu. Em termos de correr... 
Eu: Em termos de tudo ❤️. Eu alinho. Temos de definir um plano.

E pronto. De uma couch-potato para outra, de uma pastelona-mirim para uma pastelona-mor, lá vamos nós tentar.

É que isto pode bem ser exatamente o empurrão que eu estava a precisar para, pelo menos uma vez na vida, apreciar exercício físico. Pelo menos o tempo de qualidade com esta adolescente maravilhosa ninguém me tira!

Adenda: À noite, já em casa:

Ela: Quando começas a não querer saber o que os outros pensam, tu consegues fazer tudo...

Ok, eu demorei 42 anos a chegar a esse patamar! Ela ter esta filosofia aos 16... devo estar a educá-la bem 😉

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Filhota #3


Primeiras palavras dela do ano:

- Para o ano faço 18 anos!!

... e eu sinto-me velha... 

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Hoje foi um dia estranho

Hoje foi um dia estranho.

O dia de ano novo costuma ser para mim a primeira folha em branco de um caderno novinho que eu quero escrever com uma letra perfeitinha e desenhar com craions de cores suaves.

É o dia de definir novas metas, de sonhar com a vida mais saudável. É o tempo do Ah! Desta vez é que vai ser! Sempre foi.

E hoje senti-me encurralada por essa mentalidade que conheci toda a minha vida, de iniciar no livro novo uma dieta/vida saudável/perda de peso/exercício e o sentimento desconhecido de não ter de o fazer.

Por um lado quero fazê-lo porque sempre o fiz e gosto da sensação de estar a tentar sentir-me melhor. Por outro queria deixar de vez esta mentalidade de dieta.

Uma coisa é certa: nestes dias abusei, claro, todos abusamos nesta época, quanto mais não seja porque há uma panóplia de iguarias na mesa que normalmente não estão ali à mão de semear sempre a sussurrar Estou aqui, dá-me só uma dentadinha, anda lá...

E agora, mais do que resoluções para perder os quilinhos das festas, sinto falta das comidinhas mais leves, de legumes, de sopa, de água, de fruta. De vez em quando sinto uma dor nas pernas da inércia do sofá. A minha cara está salpicada de espinhinhas e eu já deito chocolate pelos olhos (quem diria hã?)

Quero comer melhor este ano, quero mexer-me mais este ano, mas não com o objetivo de perder x kg até ao dia y. Não. Quero sentir-me mais ativa e mais saudável, quero a minha pele mais radiosa e mais macia e para isso tenho de cuidar de mim de dentro para fora.

Estive quieta a maior parte do dia a tentar decifrar estes meus sentimentos dissonantes, mas acho que é isto, a imagem acima diz tudo! Sinto-me perdida, mas estou somente a evoluir e por isso tudo à minha volta me parece estranho...