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sexta-feira, 21 de maio de 2021


Tomar a saúde como garantida é algo que fazemos diariamente e só quando aparece algum problema é que nos damos conta da sorte que temos em nos podermos dar ao luxo de nos preocuparmos com os nossos pequenos defeitos. 
Não agradecemos o suficiente ao nosso corpo por tudo o que ele faz por nós todos os dias, mesmo quando muitas vezes estamos a lutar contra ele.
Esta semana, o corpo do hubby disse-lhe "olha lá, estou um bocado farto que puxes demais por mim, mas tu não me ligas, vais levar com um síndrome vertiginoso que é para aprenderes!". No dia seguinte o meu sogro teve o que pareceu ser um enfarte, mas felizmente acabou por se revelar um problema menor.
É fácil levar o corpo ao limite, exigir mais e mais dele sem lhe mostrar gratidão pelo que nos permite fazer, sem o mimar seja com descanso, seja com massagens, nutri-lo em condições ou treiná-lo para ser mais forte.
Mas depois vêm estes reveses que nos obrigam a parar, a priorizar a saúde em vez de tudo o resto que normalmente vem à frente e, com sorte, uma lição aprendida para ser mais gentil com o nosso corpo. 
É que ele não tem substituto 🤍

 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Esta sou eu


 A do espelho, hoje.

Tem dias que olho para mim e me sinto uma matrafona (tenho mesmo de continuar a renovar o guarda-roupa para o meu corpo atual), mas hoje gostei de me ver. Não sei se tem a ver com a roupa, é muito básica e simplezinha, mas gostei do conjunto final, e principalmente da confiança que vejo no espelho.

A da foto por cima do espelho, há mais de 20 anos.

Esta foto foi tirada num casamento, a roupa que usava foi queimada por mim numa cerimónia simbólica da "queima da gorda" depois de vários quilos perdidos muito à custa uma dose generosa de saúde mental (reconheço agora). Mas o que mais me salta aos olhos na foto é a minha expressão que exala falta de confiança. A foto foi posta ali para eu me lembrar de nunca mais voltar a ser assim (gorda). Na verdade, hoje até peso mais do que na altura, mas a auto-confiança que ganhei ultrapassa tudo. E é verdade, eu nunca mais quero ter aquela expressão. Quanto ao peso, já fiz as pazes com isso.

A da foto ao lado é da minha wannabe 😊.

Foi uma brincadeira que o hubby fez com o Harry que tanto me inspira com a sua música e com a sua filosofia de bem estar na vida. O Treat People With Kindness é sim um modo de estar no mundo e em muito contribuiu para me sentir bem comigo e isso não tem preço.

Às vezes olho para fotos minhas e não me reconheço. Quer dizer, não me lembro de ser assim. Penso que deve ser porque houve muitas fases, demais até, em que não me olhava ao espelho por não gostar de me ver. Por esmiuçar todos os defeitos em vez de olhar para o meu todo e agradecer ao meu corpo a vida que me proporciona. 

Olhar ao espelho com gentileza pelo meu corpo, agradecer às minhas pernas por me permitirem deslocar-me, agradecer aos meus braços por me permitirem abraçar os meus, à minha barriga que deu abrigo à minha melhor companhia, isso ultrapassa as regueifinhas dos braços, a casca de laranja das pernas e as riscas reluzentes da barriga.

E isso deu-me acima de tudo uma paz de espírito imensa. Saber que posso ser feliz neste meu corpo de hoje, não me sentir uma estranha a tentar fugir de um corpo que não me pertence e só me dar permissão de ser feliz quando lá chegar… deixar de pensar assim e aceitar-me realmente como sou, é um passo de gigante!!

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Dos pequenos passos...



Precisava de roupa. Mais propriamente de um casaco (preferencialmente de ganga), um casaco de treino (para as caminhadas), um cinto bonito e queria umas calças rasgadas (que os 45 anos são só número no cartão do cidadão).

E fui à Kiabi. À renovada Kiabi do Marshopping. E trouxe de lá exatamente o que queria, da zona dos tamanhos grandes, desta vez sem complexos nenhuns. O meu tamanho anda de momento entre o 46 e o 48, ora justamente no limite máximo dos tamanhos "normais" e no limite mínimo dos tamanhos "plus size". 

Antigamente era impensável passar naquela secção. Era para mim sinónimo de humilhação, de "eu já não sou isso, passa ao lado". Era normalmente, nas poucas lojas que exibiam essa secção, um pequeno canto com um amontoado de roupas normalmente disformes e de cores soturnas, sem o brilho das restantes ditas "normais".

Mas felizmente há lojas que seguem as tendências de body positivity e além de expandirem esse pequeno canto atravancado, enchem-no com peças em tudo semelhantes às mais pequenas tanto em beleza, organização, preços e até alguns manequins plus size. Sem vergonhas, só orgulho.

E porque são as roupas que devem servir no corpo e não o corpo que tem de se espremer dentro delas, veio de lá um casaco de ganga 46, um casaco de treino com forro aveludado XL, um cinto também XL e umas calças rasgadas 48. Tudo com mais elasticidade do que os tamanhos "normais" e super confortáveis.

Porque no final de contas, a etiqueta é minúscula, escondida e não reflete em nada o meu valor. É simplesmente um pequeno pedaço de tecido com um número que já não mede o meu progresso, não me humilha nem me orgulha.

domingo, 5 de janeiro de 2020

Para 2020


Quero continuar a ser a minha melhor amiga.
Quero voltar à slow living e focar-me em sentir-me bem.
Quero voltar ao exercício pelo prazer do movimento e não pelo dever (sabe deus como preciso de me mexer).
Quero continuar no caminho da alimentação intuitiva, mas a ouvir melhor o meu corpo.
Quero continuar a olhar-me no espelho com gentileza e abraçar as minhas regueifinhas com amor em vez de ódio.
Quero passar belos momentos em família que sei que serão inesquecíveis (este é o ano em que finalmente vamos os três à Disney como presente de maioridade da princesa).
Quero estar rodeada de saúde e felicidade.
Na realidade é mesmo só isso que importa...

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Por aqui...


* Já estou a trabalhar há cerca de duas semanas e apesar de ainda não ter tudo plenamente controlado, decididamente não me tenho deixado levar pelo stress e ainda continuo em estado zen-deixa andar-tem tempo...

* Ontem fui à última consulta de ortopedia e estou oficialmente curada. Diz que devo perder algum peso para evitar este tipo de problemas... Fazer caminhadas à farta e exercício à vontade, sem medos. Sim, preciso de recomeçar o exercício, sei disso. Estou super-enferrujada e sinto falta de me mexer. Quero fazer exercício pelo meu bem-estar. Emagrecer (caso aconteça) será só um bónus.

* No conceito do self-care, fui à ginecologista, fiz tudo incluindo mamografia e ecografia. Na mamografia foi detetada uma massa e foi pedida uma ressonância magnética para despistar algo mais grave. Felizmente o resultado foi benigno... Ufff...

* E hoje foi dia de comprar bilhetes para o espetáculo do ano. Depois de umas horas sofridas e desperdiçadas na ticketline, meti-me no carro e fui à Worten comprar os bilhetes para ver o Harry Styles em maio. Adoro as músicas do menino e admiro imenso a maneira dele estar na vida. Apesar de estar quase esgotado quando consegui finalmente ter acesso a bilhetes, acabei por conseguir ótimos lugares e andei nas nuvens o dia inteiro.

* A casa já está pronta para o Natal e não me arrependo nem um bocadinho por ser assim tão adiantada. As luzes da árvore a tremelicar, os bonequinhos do presépio, toda a atmosfera é tão aconchegante... Adoro!

E é isto...

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Cá estamos...


Continuo de baixa. Sinceramente já podia estar a trabalhar, mas caramba penei tanto com dores antes da operação que agora vou aproveitar até à ultima gota!

Já não ando de muletas, já não ando a mancar, coloco o pé no chão completamente, mas se andar um pouco mais, sinto o pé maçado. O fisioterapeuta diz que é normal e que o regresso tem de ser feito progressivamente.

Hoje fui finalmente a uma consulta de ginecologia. Eu faço os exames regularmente no centro de saúde, mas já há uns 10 anos que não ia a um ginecologista e achava que quando lá fosse além de raspanete viria com más notícias. Mas nunca é tarde, não é verdade? E depois de um exame completo em que estava tudo direitinho, saí de lá com um peso saído das costas e com a sensação de estar a fazer algo para o bem estar do meu corpo. Isto é amor por mim.

De resto, tem me sabido pela vidinha estas tardes chuvosas em casa debaixo da mantinha e com as velinhas acessas, a papar episódios de "Era uma vez". Como é que eu uma aficionada por tudo o que diga respeito a Disney e contos de fadas esperei tanto para ver esta série com histórias tão emaranhadas umas nas outras de uma forma tão brilhante? Obrigada Netflix, do fundo do coração...

Ainda não me enchi de estar em casa. Gosto do slow living, gosto de ir buscar a minha filha à escola, de lhe preparar o almoço e o lanche, de a ajudar nos trabalhos de casa e nos resumos de história. Gosto deste silêncio, de sair só para ir buscar o pão ou ir ver o mar a meio da tarde na companhia dela.

Entre férias e baixa vão ser 3 meses afastada da loucura que é o meu local de trabalho e não podia estar a saber-me melhor. Este slow living chegou exatamente na altura certa para eu me encontrar.

sábado, 29 de junho de 2019

Do estado de espírito


Houve uma altura da minha vida em que eu simplesmente não me pesava. Não queria saber do peso, não me importava se comia mcdonalds 4 vezes por semana e mais porcarias no resto do tempo.

Houve uma altura da minha vida em que eu parei e me pesei. E assustei-me de tal modo que decidi mudar radicalmente de vida.

Começou uma vida de dieta, restrição e tormento da balança.

Houve alturas em que me pesava uma vez por semana ao sábado de manhã depois de uma semana de dieta rigorosa. Como só me ia pesar no sábado seguinte, o fim de semana era de abuso total, para voltar à restrição a cada 2a feira...

Houve alturas em que me pesava todos os dias "só para ver", de manhã e à noite, para "saber" como me tinha portado. Se o resultado tivesse sido bom, recompensava-me com um chocolatinho. Se tivesse sido mau, castigava-me mentalmente e culpava-me, o que muitas vezes levava a uma compulsão e comia à mesma o chocolate muitas vezes em maior quantidade...

Houve alturas em que comia essencialmente sopa ao almoço, restringia a comida "má" e odiava-me quando caía em tentação.

Até que chegou uma altura (há pouco mais de um ano) em que estava psicologicamente exausta deste bullying que me infligia a mim própria e para bem da minha saúde mental deixei as dietas, deixei as restrições, deixei o policiamento da balança e comecei só a viver com base na minha intuição. Foi como se tivesse tirado a rede de segurança por baixo de mim e tivesse só de passar a contar com o meu bom senso para manter o equilíbrio.

Obviamente engordei! Tinha passado uma década e meia a restringir e agora se eu dava liberdade ao meu corpo de fazer a escolha que ele quisesse, obviamente que os desejos seriam do que eu não lhe queria dar antes.

Mas...

A liberdade na cabeça é incrivel. Só por isso vale a pena. O facto de eu olhar no espelho e não odiar automaticamente o meu corpo, de me focar na beleza dele e não somente nos defeitos é libertador.

Às vezes sinto que perdi tanto tempo a odiar-me quando simplesmente poderia aceitar-me e sinto uma profunda tristeza por isso. Eu fui tão burra. Mas pronto, calculo que deva ter sido a curva de aprendizagem que eu tive mesmo de seguir para chegar onde estou agora.

Tudo isto para dizer que hoje voltei a pesar-me.

Tinha me pesado no início do mês e tinha decidido voltar a tentar perder algum peso, mas para me sentir melhor, com mais agilidade, já que me estava a sentir um pouco presa e limitada. Muito longe da mentalidade anterior de perder peso para ficar dentro do padrão que a sociedade definiu como standard mascarado de saudável.

Desta vez sem o tormento da balança, desta vez sem restrições, desta vez só a escutar o meu corpo e a balancear as refeições, o exercício, a hidratação e sobretudo o meu bem estar mental.

Portanto, pesei-me e, só a apostar no meu bem estar, perdi 1,3Kg.

Isto deixa-me feliz, não tanto pela perda de peso, mas porque significa que o meu corpo voltou a confiar em mim e sinto que já não me pede tanto aquelas comidas que eu antes lhe proibia. Ele agora tanto me pede um doce (normalmente um pouco de chocolate resolve o assunto) como me pede saladas e almoços semi-vegetarianos.

Eu sinto que cada vez posso confiar mais nele e finalmente agora estou pronta a encontrar o meu ponto de equilibrio que tanto buscava.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Um ano de liberdade


Um ano de aprendizagem.
Um ano de revolução total das regras de anos.
Um ano do maior amor do mundo: o amor próprio.
Um ano a tratar-me com gentileza.
Um ano a olhar para mim primeiro sem sentimento de culpa algum.
Um ano a sentir que mereço ocupar o meu espaço no mundo.
Um ano a não odiar o meu corpo.
Um ano a olhar-me ao espelho e a focar-me nas coisas boas do meu corpo.
Um ano a agradecer ao meu corpo aquilo que ele é e o que me permite fazer.
Um ano a movimentar o meu corpo por o amar e não a castigá-lo por o odiar.
Um ano a andar de passo confiante e cabeça erguida (literalmente).
Um ano a estar a borrifar-me para o que os outros pensam do meu corpo.
Um ano a desfazer todas as ideias impostas pela mentalidade-dieta.
Um ano de foco no momento, na brincadeira e nas gargalhadas em vez de foco na comida.
Um ano a deixar de me atribuir as culpas de tudo.
Um ano de leveza de espírito.
Um ano a deixar de procurar validação dos outros e confiar só na minha própria.
Um ano a sentir que eu mereço tudo de bom no mundo.
Um ano de body positivity.
Um ano de alimentação intuitiva (em progresso).
Um ano de uma paz profunda.

Muito obrigada a estas meninas por serem fontes diárias de inspiração
Allie - Rini - Jillian - Megan - Jess
Foi uma bênção terem aparecido na minha vida

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Do ano que termina


Está a fazer agora um ano que esta imagem me apareceu no pinterest. Ela falou-me de imediato. Ainda não sabia muito bem como o fazer, mas sabia que era mesmo uma coisa deste género que eu estava a precisar e apregoei aos 4 ventos que era esta a minha resolução de Ano Novo.

Uns meses, depois, o body positivity entrou na minha vida através de uma daquelas publicações que passam no feed do facebook e que normalmente nem sequer abrimos - obrigada universo por teres colocado estas coincidências no meu caminho - e eu soube logo que tinha encontrado o caminho que andava à procura.

2019 quero que continue a ser o meu ano selfish. Mas não no sentido depreciativo de egoísta. No sentido de me colocar a mim também em primeiro lugar sem me sentir, precisamente, egoísta em fazê-lo. Porque para nós nos dedicarmos aos outros, temos de nos dedicar a nós primeiro sem sentimentos de culpa.

Os primeiros passos foram dados e sinto que cumpri esta minha resolução na íntegra.

2018 foi um ano memorável! Fui muito feliz, fiz muitas coisas que adoro com os meus amores, dei uma volta de 180º à maneira como me via e agia comigo há já alguns anos e sinto que estou finalmente no caminho certo para viver hoje a vida que mereço. Porque eu quero ser feliz todos os dias e não dar-me permissão para só começar a viver daqui a x meses quando perder y kg como eram os meus objetivos antigamente.

Em 2018 eu saí totalmente da minha zona de conforto, larguei toda uma filosofia de vida (dieta, RA, exercício, odiar o meu corpo) para abraçar a filosofia exatamente oposta de body positivity, alimentação intuitiva e amor próprio instantâneo.

Em 2018 passeamos até não podermos mais. Fomos a 3 a Madrid ver o Harry Styles, a Cardiff ver a Dua Lipa, a Lisboa ver a Demi Lovato. Passamos um fim de semana na Nazaré a assistir ao mais incrível por do sol numa piscina aquecida. Passamos 2 semanas maravilhosas no Algarve com passeios relaxantes à beira mar ao por do sol, numa paz tremenda.

Fui com a princesa a Lisboa ver o Niall Horan e novamente a Madrid onde assisti na primeira fila aos 5 Seconds of Summer naquele que foi o melhor concerto da minha vida. Esta foi também a minha primeira aventura em solo estrangeiro como adulta responsável, coisa que nunca num milhão de anos me sentiria à vontade para fazer se não estivesse carregada de confiança graças ao body positivity.

Por tudo isto, 2018 foi um ano maravilhoso. Foi um ano de viragem e de crescimento interior.

Para 2019 sinceramente desejo o mesmo. A mesma paz de espírito, a mesma relação com os meus, a mesma alegria e a continuação do meu crescimento. Quero enraizar e estabilizar mais a minha alimentação intuitiva e quero criar tempo para mim diariamente, que é a única coisa que sinto falta, meia hora que seja para respirar, meditar, olhar-me no espelho, registar palavras inspiradoras e continuar a sentir-me em paz comigo própria.