quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Da slow living


Estou de baixa há quase um mês depois de três semaninhas de férias em família.

No início da baixa ainda tive a companhia da filhota que foi uma grandessíssima ajuda nos primeiros dias de recuperação. Depois ela voltou para a escola e fiquei com as manhãs todinhas para mim.

A minha vida tem-se dividido entre séries - estou completamente viciada na Era Uma Vez - fazer um almoço rápido para as duas e pastelar com ela no sofá durante a tarde, dar um jeito à casa e fazer um belo jamtar.

Esta semana larguei uma das muletas e já tenho permissão de conduzir. Aliás tenho permissão para fazer a vida totalmente normal, mas ando um bocadinho mais à vontade e fico com dores debaixo do pé. Tenho feito tudo direitinho e não é agora que vou abandalhar e forçar-me mais.

Na próxima semana vou a junta médica e espero que não impliquem comigo. Ainda não me sinto fisicamente bem o suficiente para fazer a vida toda normal fora de casa. Estou mortinha por voltar a ter a capacidade completa de fazer caminhadas, andar de bicicleta e passear à vontade, mas ainda não consigo e não o quero forçar.

Nesta slow living tenho seguido o intuitive eating a 100% e noto que como muito menos quantidade. Como o que me apetece e quando me apetece. Isto tanto pode significar uma peça de fruta como um bolo, é o que me apetece sem culpas. O que noto mesmo é que faço muito menos refeições e menos quantidade. Se me apetece só uma sopa ao almoço é isso que como e o chocolatinho que era quase item obrigatório deixou naturalmente de o ser.

Cortar amarras com as regras do mundo das dietas é libertador. E para isso estou convencida que o fator stress-free contribuiu em muito. Estou muito relaxada e nem me lembro de comer. Antes era capaz de estar constantemente a pensar em comida, no que podia, no que não devia, no que fazer para o almoço, para o lanche, para o jantar... Isso acabou e é mesmo libertador.

Espero conseguir manter este ritmo quando voltar ao trabalho. Agora vejo o buraco onde o stress me enfiou e estou a adorar sair a pouco e pouco dele.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Hoje jantei pizza


Porque nos estava a apetecer. Mas almocei brócolos e douradinhos no forno e deliciei-me com uma laranja para a sobremesa. Nunca pensei que uma peça de fruta me fosse saber assim tão bem!...

Se antes eu morria por uma sobremesa - era literalmente a única razão por que eu gostava de comer fora - agora não há um único doce que eu diga: Aaahhh, apetece-me meeesmo isto... Não há! Tudo me parece normal porque agora nada é proibido. Agora que eu me dou permissão para comer, não me apetece!

Até o chocolatinho obrigatório de final de refeição estou a passar. Em mim, isto é completamente inédito!!

Sinceramente, sinto que como menos, bastante menos e aquela goludice desenfreada do início já passou.

Olha eu com desejos de fruta e iogurtes... Mas alguma vez isto me passou pela cabeça?!...

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Uma semana depois...


Cá estamos! Com sapato especial e duas muletas que não me permitem fazer quase nada. Eu que gosto tanto de andar a cirandar de um lado para o outro mesmo dentro de casa, sinto-me incapacitada.

A recuperação em si parece estar a ir em bom ritmo. A ferida exterior está limpinha e a cicatrizar bem, mas ainda não consigo por peso nenhum em cima do pé e também não quero forçar, por dentro levou um estrago valente. Devagarinho lá chegaremos!

Nestes últimos meses tenho andado cada vez mais parada a culminar nesta semana completa no sofá e sinto o corpo mole e perro. É normal, eu sei, mas agora mais do que nunca estou mesmo a dar importância ao que o meu corpo faz por mim. Vou passar a cuidar tão bem de ti meu lindo!...

Ontem pesei-me e voltei a um peso que no passado jurei nunca mais ter. Fiquei um pouco triste, claro. Mas honestamente, eu agora olho-o no espelho e não o vejo com o ódio e o desgosto com que o via no passado.

Se eu quero ter este tamanho? Não, não quero, simplesmente porque me sinto melhor quando estou mais leve e mais ágil.

Se eu vou embarcar em mais uma das mil dietas restritivas que existem no mercado? Não, não vou.

Vou simplesmente tratar-me com gentileza:
Alimentar o meu corpo de forma equilibrada.
Mexer-me de uma maneira que me dê prazer.
Hidratá-lo para que toda a engrenagem funcione regularmente.
Massajá-lo com cremes e loções cheirosas.
Rodear-me de pessoas (reais ou virtuais) que me inspirem.
E acima de tudo, olhar-me ao espelho, ver-me como um todo com bons olhos, sem me concentrar nos defeitos e agradecer ao meu corpo o que ele faz por mim.

Se o resultado destes atos for a perda de peso, ótimo. Se não for, paciência. Não vou é sacrificar de novo a minha saúde mental pela perseguição de um corpo que nunca foi suposto ser meu.