sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Filhota #2


A filhota criou um grupo no WhatsApp com ela o hubby e eu a que chamou Família linda. Fiquei comovida com a doçura.

Eu já disse que ela tem 16 anos? E que está supostamente a atravessar a célebre idade da estupidez? Muito ao de leve, felizmente.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Afinal...


... correu bastante bem. Fui com a mente aberta e com ideia de comprar pelo menos um par de calças. Sempre que via umas que gostava pegava no que eu achava ser o meu tamanho e no acima e posso dizer-vos que dos 16 pares que levei para o provador saí de lá satisfeitíssima com 2 pares.

Entrei no provador com calma e com tempo e dei-me ao trabalho de vestir em condições todos os pares. É que dantes, às vezes custavam a subir e eu, frustrada e irritada desistia logo. Hoje não. Saltinho daqui, puxãozinho de acolá experimentei todas em condições e as que mais me agradaram experimentei 2 vezes e nos 2 tamanhos diferentes.

E o mais engraçado é que as cinza que são mais justas são o 44 e as de ganga mais largas estilo boyfriend são o 46, coisa que nem me importei porque na realidade sentia-me muito melhor com elas. Ainda queria trazer outras, mas não tinha o tamanho que eu queria, mas vou procurar noutra loja. Importante é depois de decidir que gosto e ficam bem, experimentar com os sapatos e ver no espelho ao longe em vez de tentar fugir do provador a 7 pés! A diferença é abismal!

Lição a tirar daqui: quando uma pessoa vai de pé atrás e contrariada, é meio caminho andado para não dar bom resultado. Mente leve e focada no self-care fez milagres!

Bónus: as calças de ganga têm uns pequenos rasgões, coisa que eu sempre quis mas que nunca tinha encontrado que me enchessem as medidas e como cereja no topo do bolo, estavam com 50% de desconto :D

Decidi fazer as pazes com o processo e não o usar como medida do valor do meu corpo. Está maior? Sei que sim, mas eu tenho de o mimar mesmo assim e nada melhor do que o brindar com uns trapitos novos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Medos irracionais


Conhecem alguém que tenha medo de comprar roupa?
Não?...
Muito prazer! Eu!

Se eu contar a alguém que ando sempre de calças de ganga e que rodo 2 pares um ano inteiro, as pessoas chamam-me tolinha.

Na 6ª feira um dos pares rasgou irremediavelmente e fui à Salsa comprar outro. Ontem o segundo par que andava a uso também RIP... Ou seja, as novas só estão prontas hoje então aqui a Sweet veio trabalhar de calças fininhas de Verão pretas (por acaso disfarçam bem).

Antigamente se gastasse 20€ num par de calças era muito, até que descobri a Salsa e a Tiffosi com o sistema double up que faz uma barriguinha mais lisinha e um rabinho maravilhoso. Mas 80€ por um parzinho de calças é coisa para me dar calores, mesmo em alturas mais abastadas. Depois eles também não têm uma coleção assim tão diversificada.

Portanto, tendo em conta o meu fraquíssimo guarda roupa e antes que o hubby me dê cabo da cabeça, vou aventurar-me na C&A à procura de calças sem ser ganga e de cores variadas tipo um bordeauzinho ou cinza, castanhas, sei lá...

As minhas pernas são a minha zona mais problemática, são gordinhas mesmo desde o tornozelo e com a anca larga, normalmente caem mal na cintura (o que não acontece na Salsa).

Outra coisa é que como eu sei que engordei, não vou poder deixar que os tamanhos da roupa desencadeem sentimentos menos bons pelo meu corpo. Tenho de me mentalizar que não é o meu corpo que não cabe em certas roupas por estar errado. Há simplesmente certas roupas que não foram feitas para ficarem bem no meu corpo.

Comprar roupa sempre foi um tormento para mim, ora porque não servia, ora porque não havia tamanho, ora porque não ficava bem, ora porque as luzes e os espelhos dos provadores são horriveis ... um verdadeiro suplicio.

Espero que o dia de hoje não desperte esses sentimento de low self love em mim como dantes.

domingo, 25 de novembro de 2018

Eu primeiro!


Há dias em que as tarefas se amontoam e o stress toma conta de mim.

São aqueles dias lá no trabalho em que toda a gente pede tudo ao mesmo tempo e é tudo muito urgente, a minha cabeça entra num redemoinho, eu perco logo o foco e rendo-me ao stress.

São aqueles fins-de-semana em que além das tarefas normais ainda há trabalhos extra e estudos onde ajudar e mais afazeres que me afastam do meu precioso Me-time, mais uma vez eu perco o foco e rendo-me ao stress.

Sendo que o meu foco é o meu bem estar.

É o tempo que eu preciso para me colocar a mim em primeiro lugar, para ler os meus textos inspiradores que me estão a ajudar a moldar toda esta nova linha de pensamento, o tempo para estar sozinha com os meus pensamentos.

São os breves minutos que me levam a colocar-me a mim em primeiro lugar ao ir fazer um chá e relaxar um pouco em vez de responder freneticamente a meia dúzia de e-mails.

É o tempo que necessito para fazer uma passagem pelos posts inspiradores de algumas miúdas fantásticas que me fizeram ver a minha vida de uma perspetiva absolutamente nova.

São os 5 minutos que eu preciso para parar, respirar e acalmar em vez de atacar a caixa do chocolate, como era o meu escape antigamente.

É o facto de eu agora ter a consciência de que preciso de parar um pouco e voltar a focar-me em mim. E mais importante ainda, é o facto de eu agora já conseguir reconhecer de imediato as situações quando isso acontece.

Parar. Respirar. Prosseguir.


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Chegar aqui é maravilhoso



- Não sais da mesa enquanto não comeres tudo o que tens no prato!

- Come mais, senão vai para o lixo... 

- Comeste pouco! Não gostaste?! Deixa que eu sirvo-te mais um bocadinho... *comes mesmo sem vontade*

- Devemos comer de 3 em 3 horas, cerca de 5 a 6 vezes ao dia para termos uma alimentação saudável. 

E nós comemos. Mais automaticamente por ser hora de, ou por temos de, do que por vontade mesmo, sem escutarmos minimamente as necessidades do nosso corpo. Para mim, foram anos e anos disto!

Desde que comecei a deixar a mentalidade de dieta, comecei a sentir a liberdade da comida. O que significa que não há nem alimentos nem quantidades proibidos.

Na prática, isto leva a que no início o nosso corpo tenha algumas compulsões (no meu caso foi mais em doces). Afinal foram tantos anos de restrição que o corpo deixou de confiar na minha mente, então mal vê uma oportunidade, come. É simples assim.

Ora, a parte menos boa desta fase é que normalmente a pessoa ganha peso, assusta-se, pensa que não se vai conseguir controlar nunca mais em toda a sua vida e volta à mentalidade de dieta, o local seguro onde já esteve anos a fio.

Se ao menos a pessoa superasse esse medo e continuasse em frente, veria que a fase seguinte - a liberdade da comida - é libertadora e o melhor que lhe podia acontecer.

Isto  é quase come se fosse uma lata de refrigerante. Se a abanarmos muito, quando a abrimos sai uma grande quantidade em esguicho, mas depois para, estabiliza. Aqui acontece o mesmo. Quando o corpo se apercebe que pode voltar a confiar na mente, que ela não vai mais colocá-lo em modo de fome, tudo estabiliza e as compulsões desaparecem.

Não, não nos vai apetecer comer chocolate 24 horas por dia, 7 dias por semana. Depois deixa simplesmente de apetecer, porque quando apetece sabemos que temos a liberdade de o ter de imediato, sem esperar por aquele 'dia da asneira' .

Eu sei que ganhei peso nestes 6 meses - não sei quanto, nem faço questão de saber - mas finalmente a minha mente está a começar a escutar as necessidades do meu corpo.

Anos e anos a forçar-me a comer de 3 em 3 horas levaram a que eu comesse automaticamente àquela hora, quer tivesse fome ou não. Era hora de comer, pronto!

Agora que o escuto, vejo que estou aos poucos a reduzir a dose. Ainda ontem deixei quase metade da comida no prato. Servi-me da dose normal, mas a meio percebi que não tinha mais fome e parei. Só!

Chama-se a isto alimentação intuitiva e adoro já estar a entrar na 3ª fase.

É uma aprendizagem imediata? Nem pensar! Eu demorei cerca de 6 meses a chegar aqui. Há quem demore mais, há quem demore menos, depende da relação que cada um tem com a comida.

Mas a liberade que sinto é fantástica! E estou radiante de não me ter assustado e voltado para o 'local seguro' da mentalidade das dietas.


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

E cá estou eu


Estou neste preciso momento com a filhota em Madrid, na fila à espera para entrar no Wizink Center para vermos os 5 Seconds of Summer.

Há inúmeras coisas que nos unem, uma delas é a música. E como eu não deixo que me digam so que devo ou não gostar, adoro a música destes putos que vi amadurecer.

Eu. Sozinha com a filha. Eu. Como a adulta responsável em Madrid. Nunca tal poderia ter imaginado. Eu. A insegura...

Tenho muito o que agradecer ao body positive, mas esta é sem dúvida uma das maiores: não deixar de viver momentos felizes por causa das minhas inseguranças.

Só por isto, por este sentimento de poder, já valeu bem a pena!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Fazer as pazes


No início da semana senti que estava finalmente pronta para fazer as pazes com o exercício. Seis meses foi o tempo que a minha mente achou necessário para se curar de todas as vezes que eu castiguei o meu corpo com exercícios que odiava com o único propósito de tentar perder uns gramas.

Organizada que sou, senti a necessidade de programar o que iria fazer e cumprir sem stresses. Decidi começar com 30 minutos de biggest loser 3 vezes por semana yoga, braços e corpo inteiro a fazer na 2ª, 4ª e 6ª de manhã antes de ir trabalhar.

Ora bem... estou mesmo muito fora de forma!

Trabalhei músculos que nem sabia que existiam e fiquei toda dorida. Tanto que ontem à tarde, passou-me pela cabeça baldar-me hoje de manhã só de pensar em deixar o ninho do edredão quentinho meia hora mais cedo. E mesmo hoje de manhã ainda na morrinha passou-me pela cabeça continuar abafadinha e fazer o exercício à noite... mas decidi não adiar. E esta parte sim, é um grande passo. Levantei-me sem esforço nem contrariada, e fiz os 30 minutos de corpo inteiro. No fim, senti-me bem. Senti que estou a começar a desenferrujar o meu corpo porque ele estava perro e uma pessoa já não vai para nova.

Esta coisa de me mexer como recompensa e como necessidade em vez de ser por punição e obrigação é mesmo uma lufada de ar fresco na minha vida e um grande passo no meu bem estar.

Nem a propósito, a minha mentora fala precisamente deste assunto no post de hoje:

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Filhota #1

Mãe: O teu pai esta noite sonhou que tu tinhas morrido
Eu: Ótimo, é sinal de muita saúde
Filha: Ó Tite, não digas uma coisa dessas, a mãe não pode morrer, eu vou morrer primeiro do que ela.
Eu (super-comovida): Espero que não filha, essa não é a lei natural das coisas.

Eu sei que a relação que temos é única, mas nunca imaginei que ela não se quisesse imaginar sequer no mundo sem mim. É de salientar que ela tem 16 anos e está em plena fase da estupidez (que está a passar ao lado, para já pelo menos) a minha adolescente maravilhosa.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

É assim que funciona

Ah, mas então essa cena da alimentação intuitiva é só uma desculpa para se passar a vida a comer porcarias? 

Não  não é!

Claro que ao te dares liberdade para comer tudo, é natural que nos primeiros tempos abuses um bocado. É tipo cuméquié?! Posso comer tudo o que quero, quando quero?! Bora lá, então...

Mas a novidade passa e o corpo - ou melhor, a mente - que se começa a aperceber que tem tudo à disposição sempre que quiser sem peso na consciência, começa finalmente a confiar em nós e deixa de querer abusar. 

Quem disse que o fruto proibido é o mais apetecido estava coberto de razão! 

Hoje, por exemplo, dia de Dragão = jantar só para mim e para a filhota = invenções. E o que me apeteceu foi pasta de abacate com lima, ovos estrelados, requeijão e pãozinho. 

O aspeto não é o melhor, mas soube-me pela vida! 

O jantar até podia ser uma bela pizza com queijinho derretido a fugir pelas bordas, mas simplesmente não foi isso o que me apeteceu.

O nosso corpo é uma máquina perfeita que temos de reprogramar as vezes que forem necessárias para nos sentirmos bem. E se por vezes me questiono se tomei a decisão certa ao abraçar este estilo de vida, são estas pequenas conquistas que me mostram que sim, sem dúvida nenhuma estou no caminho certo!

domingo, 4 de novembro de 2018

Estou pronta


Já faz 6 meses desde que abracei a corrente do body positivity e deixei toda uma vida de cultura restritiva da indústria das dietas.

Desde aí, conta-se pelos dedos de uma mão as vezes que me devo ter pesado. E se ao início era tão difícil que tive de despachar a balança para a garagem, agora ela está ali quietinha numa gaveta sem que me apeteça minimamente subir-lhe para cima. O foco no parvo do número desapareceu!

Ao mesmo tempo tinha desaparecido por completo a minha vontade de mexer o corpo. Antes o exercício era alimentado pela vontade de perder 100gr que fosse ou mesmo como forma de punição pelos pecados da gula. Era um martírio para o corpo, mas ainda mais para a mente mexer o corpo balofo. Ai comeste aquela fatia de bolo?! Como castigo tens de fazer 100 agachamentos! Era mais ou menos este o diálogo na minha cabeça...

O body positive trouxe-me a paz de espírito que me levou finalmente a dizer BASTA! a este tipo de diálogo interior e o pouco exercício que eu fazia, parou quase por completo, exceção feita a algumas caminhadas com a família em amena cavaqueira e felicidade.

Mas o meu corpo é inteligente e começa a querer fazer as pazes comigo. Começa a ter novamente confiança em mim e começa a pedir um pouco de exercício. Desta vez tendo como foco o prazer que vou sentir no fim e as endorfinas que vão ser libertadas. O exercício pelo prazer em vez do exercício como punição.

Ele pede e eu vou dar!

O tempo não abunda, mas eu consigo arranjar meia horinha 2 ou 3 vezes por semana para este Me time.

Para já vou tirar o pó à wii e ao biggest loser challenge que tem vários tipos de exercícios desde yoga a pernas ou braços ou o corpo todo em diferentes intensidades. Tenho de me levantar uns 15 minutinhos mais cedo, mas vai ser por uma boa causa e o mais importante, no timing certo, sem pressões.