quinta-feira, 28 de março de 2019

Da paz interior

Ler isto no instagram deixou-me uma sensação de paz indescritível. 
 

Grande parte da minha vida foi passada em guerra comigo própria com gritos internos de fúria por não conseguir ser como esta ou como aquela; por ser fraca e não fazer mais exercício ou por ser fraca e comer mais aquele chocolate... foram ditas muitas coisas feias dentro da minha cabeça por não conseguir reduzir mais e mais o meu corpo quando tudo o que ele queria era dizer-me: mas tu não vês que eu não consigo manter-me muito tempo neste peso mais baixo? Não lutes mais contra mim... Eu sou teu amigo, eu estou do teu lado... não me odeies...

Ler isto é simplesmente libertador!

E pensar que a minha mentalidade já está neste mesmo trilho?... É só maravilhoso!

terça-feira, 26 de março de 2019

Da segunda sessão de mesoterapia




Não posso dizer que já vejo resultados, porque ainda não vejo. Aliás foi logo uma das coisas que a terapeuta me disse à partida: o meu caso é bastante complicado, é um tratamento que me fará ver melhorias sim, mas só ao fim de umas quantas sessões.
Estou a fazer mesoterapia clínica e estética e sinto-me muitíssimo bem tratada. O cocktail de medicação que me está a ser aplicado inclui um anti-inflamatório, um anti-edematoso, um anti-celulítico e um outro para desfazer as células de gordura. As piquinhas são dadas com intervalos bastante pequenos para apanhar a maior área possível. Como as minhas pernas têm uma área grande, a terapeuta não se inibe em utilizar mais ampolas, nem em levar mais tempo do que o habitual para o serviço ficar bem feito.

Estou muito satisfeita tanto com o atendimento como com todo o esclarecimento de dúvidas. Há finalmente alguém que acredita (como eu acreditava há muito) que tenho um problema além do “É gordura… emagreça!” e que acredita que me consegue ajudar.

Comprei um pack de 10 sessões que ficou por € 300,00 e me vai dar para 10 semanas. Ao mesmo tempo recomendou-me dar uso aos músculos todos os dias num período de 30 minutos seguidos (caminhadas ou qualquer outro tipo de exercício) para fazer o músculo trabalhar e melhorar a absorção e distribuição do medicamento infiltrado.
A dor… ora, a dor para mim é suportável. Há sítios mais sensíveis do que outros, claro e o facto de as picadelas serem constantes, com intervalos de 1 a 2 dedos, faz com que esteja sempre a respirar fundo, mas é uma dor de segundos. Em cada sítio picado, forma-se imediatamente uma bolinha, mas passado pouco tempo a pele volta ao normal e não ficam marcas nenhumas.

Se for algo que me ajude, então o investimento vai valer bem a pena. Se os resultados não forem os esperados, olha, pelo menos não fico a pensar “Se tivesse feito aquilo…”
 


sábado, 16 de março de 2019

Fui cuidar de mim


Toda a minha vida tive as pernas gordinhas. Mesmo no menor do meu peso, as pernas sempre foram rechonchudas por todo, começando logo desde o tornozelo.

Das três vezes que me queixei a dois médicos diferentes, a resposta foi idêntica:
'Isso é gordura, tem de perder peso...'
'Mas Dr., eu se apertar dói, não poderá ser retenção de líquidos ou outra coisa qualquer?'
'Não, é gordura'
E lá vinha eu para casa com o estigma do peso às costas e de que eu é que era a fraca e me estava a fazer isto a mim mesma...

Hoje consultei uma especialista em Mesoterapia Homeopática que teve um discurso completamente diferente. Sim, tenho gordura, tenho bastante celulite, mas tenho essencialmente um grande edema nas pernas que nem com exercício de manhã à noite resolveria.

Só o alívio que senti por tirar das costas a culpa de estar a prejudicar o meu corpo, vale tudo!

Fiz uma primeira sessão de teste para decidir se estaria disposta a submeter-me ao tratamento e para esclarecer todas as minhas dúvidas.

Basicamente a mesoterapia consiste na infiltração na pele de um cocktail de medicamentos através de uma pequena agulha. Posso dizer que me senti um crivo!! Fui picada sem exagero umas 200 vezes, do tornozelo à virilha. E se na maioria das vezes a dor da picada era facilmente suportável, havia zonas que parecia autênticos choques (provavelmente onde apanhava reservas mais maciças de celulite). Para mim foi suportável, mas acredito que não seja assim com todos.

Então mas e a história que andas aí a apregoar do body positivity e aceitares o teu corpo como ele é...
Pois... debati-me com este tema a semana toda na minha cabeça, mas cheguei à conclusão que eu quero fazer isto para me sentir ainda melhor comigo. Se neste momento o po$$o fazer e se este tratamento me poderá proporcionar melhor qualidade de vida no futuro, estou a cuidar de mim, por mim. Não para parecer melhor aos olhos dos outros, mas para me sentir melhor, sem dores físicas nas pernas. Fiz as pazes com a minha decisão. Siga!

Vou fazer uma sessão destas durante 10 semanas. Ao mesmo tempo é aconselhado fazer 30 minutos de exercício contínuo por dia, simplesmente porque o músculo sendo trabalhado faz com o medicamento que foi introduzido se espalhe e atue melhor na zona que está a ser tratada.

Quanto à alimentação, pretendo manter a vertente intuitiva, mas a escutar mais o meu corpo. Ele já me vai pedindo mais fruta e legumes, que muitas vezes não tenho disponíveis, então faço escolhas mais pobrezinhas. Quero também beber 2 litros de água por dia sem falhar, para tentar expelir do meu corpo a maior quantidade possível disto que vai sendo dissolvido.

E é isto! É um tratamento médico? Sim. É um tratamento estético? Sim, também. É para ficar mais magra e agradável aos olhos dos outros? Não, não é! É para resolver um problema com que convivo já há muitos anos e que fará com que me sinta muito melhor no meu corpo.

domingo, 10 de março de 2019

Acreditar


Para quem não sabe, eu sempre tive fobia de água. Tudo o que fosse acima da cintura estava fora de questão para mim. Há cerca de 2 anos, inscrevi-me a mim e à filhota na natação, mais para perder o pavor da água do que propriamente aprender a nadar. Andámos lá uns 9 meses, muito sofridos para mim com muito ataque de ansiedade à mistura até que desistimos. Ela conseguiu aprender alguns movimentos para se desenrascar sozinha. Eu agora consigo pôr a cara na água e mexer-me para a frente e para trás com a ajuda de uma pequena prancha.

Hoje voltamos à piscina num horário livre. Acho que já lá não íamos há quase meio ano.

Diz ela: Anda, mãe, vamos a nadar até lá ao fundo!
A minha reação imediata: Já não sei nadar!
Ela: Sabes sim!
Eu: Mas não quero, tenho medo!
Ela: Medo de quê? Já sabias nadar com a prancha!
Eu: Medo de não conseguir, de ir ao fundo (a piscina tem 90cm...)
Ela: Pões-te em pé... Duhhh...
Eu: Não quero...
Ela: Então não falo contigo até chegarmos a casa...

E eu vi como estava a ser ridícula... Peguei na pranchinha e andei a nadar o tempo todo como fazia na aula e toda satisfeita da vida por superar os meus medos. Mais ainda, por saber que esta piasca acredita mais em mim do que eu própria!

Eu: Vês... não consigo sair do sítio...
Ela: E o que é que a professora dizia? Estás tensa!
Claro que estou tensa... É difícil, mas muito compensador superar uma coisa tão grande para mim, embora tão pequena para todos os outros.

Quero ir outra vez!

sexta-feira, 8 de março de 2019

Do self-care


Nos últimos tempos tenho acordado de manhã e para não cair na tentação de voltar a adormecer pego no telemóvel e faço a ronda pelo instagram. É errado, eu sei, mas rapidamente se tornou um vício!
Hoje decidi não o fazer. Fiquei só na ronha a espreguiçar-me longamente e a saborear o quentinho do ninho. Senti que me levantei mais calma, mais leve. Quero tornar isto um novo hábito!

Depois aproveitei o dia de sol e fui fazer uma caminhada à beira mar na hora do almoço, enquanto ouvia um podcast da fantástica Ownitbabe (vão lá ver como esta miúda é uma fonte inesgotável de inspiração). Faço 30km para ir e vir a Leça e 1h30 não é propriamente muito tempo, mas senti-me outra. Fui o tempo todo a respirar o ar do mar, a sentir a maravilha do sol a aquecer-me a cara ao mesmo tempo que o vento a arrefecia. Isto em vez de ir obcecada em fazer x km em y tempo para perder algumas calorias. Não! Foquei-me no que aquela caminhada estava a fazer à mente e não ao corpo.

Pode parecer pouco, mas esta pequena mudança no pensamento é uma enorme mudança na maneira como nos vemos e como encaramos a vida.

E sabe tão bem abrandar e escutarmos o nosso corpo...



quarta-feira, 6 de março de 2019

Da gula


Ontem fiz um bolinho de chocolate pequenino. E comi só uma fatia.

Uma!
Eu... Quem diria!...
Quem diria que um dia eu conseguia fazer um bolo sem ficar completamente obcecada por ele e sem tirar uma lasquinha de cada vez que passasse na cozinha.
Sem pensar 'deixa-me comer todas as fatias que conseguir hoje, porque amanhã volto à dieta e já não posso!' 
Quem diria que este sentimento de despreocupação em relação à comida podia ser tão libertador.


sexta-feira, 1 de março de 2019

Quem corre por gosto...

... não cansa, dizem. Mas eu estou toda rota!

Foram só 2 diazinhos em Madrid eu e a filhota para ela ver ao vivo a banda que por estes dias lhe enche o coraçãozinho.

E foi muito bom! Era uma sala muito pequenina, conseguimos ficar bem à frente, estivemos mais perto do que nunca e gostei muito. Eu, que alinho sempre nisto, mas que confesso desta vez ia mais numa de acompanhante, dei por mim a vibrar com a maior parte das músicas. Não há dúvida, este tipo de coisas são mesmo o meu guilty pleasure.

A filhota estava nas nuvens e saber que consigo proporcionar-lhe experiências únicas e de sonho é o suficiente para me sentir a caminhar sobre as núvens.

Esta continua a ser a minha preferida 😊