sábado, 27 de outubro de 2018

A verdade


A indústria das dietas é uma fraude.

A indústria das dietas fatura milhões à conta das nossas inseguranças alimentadas por "factos" que eles próprios criam. As milhares de imagens perfeitas, de corpos e peles inatingíveis com que somos constantemente bombardeados, e que só são conseguidos pela magia do fotoshop, estão por todo o lado, muitas vezes impercetivelmente.

Mas, adivinhem lá: as dietas são feitas para falhar! Todas elas! Se houvesse alguma que resultasse, lá se ia a galinha dos ovos de ouro. Se toda a gente conseguisse atingir a "perfeição" (seja lá o que for para cada um), a mais lucrativa indústria mundial ia à falência. Goodbye, adios, the end!

Eles lucram com as nossas inseguranças e prometem-nos a perfeição em forma de cremes, pós, restrições, entre dezenas de novas mezinhas milagrosas e quando inevitavelmente a incrivel dieta da moda falha, a culpa é sempre da nossa força de vontade imprevisível e fraca.

Nós esfalfamo-nos para nos encolhermos a um tamanho que o nosso corpo não considera confortável (por isso é que luta contra nós) e para quê? Para encaixarmos num ideal que a sociedade definiu como aceitável. Passamos semanas, meses, anos em busca desse ideal de perfeição e para quê? As pouquíssimas pessoas que o conseguem, sentem o quê? Ah, finalmente consegui! Agora posso finalmente começar a viver e a ser feliz neste meu corpo perfeito... Não me parece.

E depois desse depois? Desgastam-se a lutar contra o seu próprio corpo para se manterem nesse mesmo peso, muitas vezes à custa dos pequenos prazeres  das pequenas felicidades. Mas para quê? Para quê viver num corpo mais pequeno à custa de sacrifícios constantes que sugam a nossa energia e a nossa alegria?

Não é mais simples aceitarmos o nosso corpo com todos os seus defeitos?
Não é mais simples aceitar que o nosso corpo está em permanente mudança ao longo da nossa vida e que é mesmo suposto ser assim?
Não é mais simples aproveitar os pequenos prazeres da vida diariamente sem sentimentos de culpa? Seja em forma de fatia de bolo, seja em forma de ronha entre os lençois em vez de uma sessão de exercício odiosa?
Não é melhor eu ser a minha melhor amiga, a minha maior fã do que ser a minha maior inimiga, a minha maior opositora?
Não é melhor eu tratar-me a mim própria com a maior das gentilezas do que com bruta rigidez?
Não é melhor a minha conversa interior ser positiva e agradável em vez de repleta de reprimendas e auto-humilhações?

Kindness! é a minha palavra. Tenho de me tratar a mim própria com gentileza em vez de me tratar negativamente.

Perder o medo de sair do rebanho, de me atrever a pensar fora da caixa e começar a por tudo isto em prática é um pouco assustador, confesso, mas também é de uma liberdade incrível!!

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