sábado, 14 de março de 2020

Cá por casa

Se até segunda feira passada o alarmismo do assunto coronavirus me irritava e achava tudo um enorme exagero, a partir de terça comecei a assustar-me verdadeiramente.

Tinhamos viagem marcada para a Disneyland Paris para 8 de abril e acabamos por adiar para setembro. Perdi o dinheiro da viagem, passei 2h30 ao telefone à espera que me atendessem na Disney, mas finamente lá consegui remarcar.

Reforcei as compras. Costumo fazer compras semanais, mas, apesar de não ter açambarcado, fiz compras suficientes para cerca de um mês, tanto para o caso de precisar de ficar de quarenta como para evitar andar metida no supermercado ou shopping. 

A Bia já está em casa, mas eu e o pai não, o que me sossega por ela, mas andamos nós expostos, ainda que a cumprir as recomendações. 

O que é assustador no meio disto tudo é que continua a haver pessoas que acham tudo um grande exagero e que a nós não nos vai acontecer nada. E deixam andar... 

Já eu, olho para Itália ou pelo menos para Espanha e vejo o nosso futuro. Talvez numa menor escala, também somos menos do que eles, claro, mas ainda assim temo que isto ainda mal tenha começado.

E não me acalma em nada saber que não pertenço ao grupo de risco de morte. Não pertenço eu, mas pertencem outros da minha família direta. Tenho mais medo que os meus apanhem do que eu própria.

Acredito que na próxima semana isto vai escalar brutalmente e espero mesmo que seja decretada quarentena obrigatória. Era preferível tentar parar já isto, aprender com os erros dos outros.

Nem sequer quero pensar nos tempos negros que aí virão depois disto tudo... 

1 comentário:

  1. Eu sou ama e agora estou sem os meninos, que estão de quarentena com os pais. Cá por casa, já só o marido é que sai, porque ainda é obrigado para ir trabalhar. Preocupa-me o orçamento familiar, a redução dos rendimentos, tudo isso e também os tempos negros do futuro e o impacto que vai ter tudo isto na nossa economia. Contudo, neste momento, só neste momento, o que me preocupa mesmo e largamente é a nossa saúde e segurança. E o descansada que eu ficava se o meu marido também pudesse estar 100% de quarentena connosco!

    ResponderEliminar